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quinta-feira, 31 de maio de 2012

LAROIÊ SR. 7 CAMPAS

                                    LAROIÊ SR. 7 CAMPAS




Exu 7 Campas ( Belfegor) – Trabalhador dos cemitérios, habita a parte de “cima” e atua como zelador do repouso da carne.Desliga seres sofredores do corpo e protege aqueles que procuram o caminho.”Recebe” as orações e peneira de acordo com o merecimento.Trabalha na linha de Obaluaê, possui cor acinzentada,pálida, lembrando defuntos.Pune severamente arruaceiros, e aqueles que adentram a casa sem respeito.
Quando criança foi abandonado pela mãe dentro de um cemitério,.Achado e criado por um  velho coveiro, cresceu no ambiente triste e silencioso .Na juventude, amadureceu seus días aprendendo e trabalhando junto com seu pai.
Em um destes repetitivos e cansativos días, ao acompanhar as atividades para mais uma cerimônia fúnebre, viu uma bela moça que copiosamente chorava pela perda do ente querido.Fitou-a por uns instantes e ao fim do sepultamento, dirigiu-se a ela e apresentou-se, e apenas condolencias pode naquele momento dizer a ela.
Após ir embora, ele começou desde aquela hora a sofrer por amor.Sentiu a dor da partida de alguém que nema ao menos sabia o nome.Investigando através de registros, descobriu o endereço dela e para lá se foi, abandonando toda uma vida e seu velho e debilitado pai.
Chegando lá, no endereço a conferir, se deparou com uma imensa casa, cheia de escravos na lida, muitos serviçais e ali, se apresentou como alguém em busca de emprego.Detalhista e zeloso, fácilmente conseguiu ajeitar um vasto jardín como teste e assim carimbou sua entrada para perto de sua amada.
Dias se passam e ele cada vez mais encantado e alucinado pelo seu amor que divide sua vida, com um barão, cheio de posses que através de míseras terras, conseguiu a mão da pobre e inocente moça.Austero, impiedoso, ruim, passa os días a humilhar e espancar a pobre moça que por motivos desconhecidos, não pode ter filhos.
Em um destes días, de tanto apanhar, desfaleceu e como sempre sozinha, ficou por muito tempo caída e foi socorrida  pelo zelador, apanhou-a no colo, roubou um cavalo e dalli fugiu com a moça.Horas depois, cuidando carinhosamente do seu amor, ela pode então perceber, o quanto ele a amava e nele teria tudo aquilo que sempre sonhou.Voltaram ao cemitério, agora como destino de moradia.Ao chegar, encontrou o corpo de seu velho pai caído e sendo consumido pelos bichos e pelo tempo.
Mergulhado em lágrimas, sepultou aquele homem que o fez chegar mais próximo de ter uma familia.O tempo se passou e seis filhos juntos tiveram e viviam felizes e tranquilamente.Tomado pelo ódio ao saber do rumo que sua esposa deu a sua vida, ordena para que seus capatazes fossem acabar com todos.Ao chegarem, seu ódio então triplicou de tamaño ao saber que sua estéril mulher, tivera seis filhos .
Após horas de tortura e abuso em todos os seus, foram na sua frente, um a um sendo executados…enquanto gargalhava e gritava como um louco o impiedoso barão.
Ele mesmo quería se banhar com o sangue do pobre homem  e com um forte golpe, o fez desabar no chão.E assim partiram satisfeitos e sentindo-se os mais poderosos seres.
Horas mais tarde, fraco, com dores e tonto, acorda e se depara com o cenário do desespero, fazendo-o lembrar de tudo o que acontecerá.Em Sete campas deixou tudo aquilo que mais amava sepultando um por um e partiu em direção da vingança sem limites.No camino, tomado pela ira, raiva, loucura, matava qualquer um que cruzasse seu caminho.Velhos, mulheres, crianças… o que fez ser morto antes de chegar ao seu destino.
No desencarne, rápidamente foi recolhido pelas trevas, de lá fugindo, seguiu para as zonas das trevas mundanas, achando su aterra natal onde fora abandonado.
Anos se passaram sobre as campas de seus familiares, sofrendo, chorando e tentando achar o rumo e retomar sua vingança…
Tempos mais tarde, observa um novo cortejo que ali acabara de chegar e para sua surpresa e dor, era o barão.Imediatamente vasculha o ambiente e encontra o homem, desarmado, espantado e paralisado ao lado de seu próprio corpo…
Frente a frente, encarou-o e tomado pelo ódio, dor, tristesa e pode observar aquele pobre espírito ser envolto por uma corda negra…..luzes vermelhas e negras caíam sobre o aquela alma e encarando-o no fundo dos olhos, aquele pobre homem, que um di asó quería vingança por tudo o que haviam feito com sua vida, o perdoou assim imediatamente sendo arrancado e envuelto pela espiritualidade.
Levado para Aruanda, teve todo o seu reestabelecimento, anos se passaram, encontrou novamente os seus que mais tarde foram chamados ao reencarne.Destinado atrabalhar no cemitério, na linha do todo poderoso Obaluaye cuida e ronda de todas as moradas da carne.

LAROIÊ SR. TRANCA RUAS !!!


                            LAROIÊ SR. TRANCA RUAS




Exú Tranca-Ruas - (Tarchimache) - grandioso Exú. Todo terreiro deverá solicitar seus valorosos trabalhos antes de começar as seções. Sendo solicitado, guardará as porteiras dos terreiros com sua falange. É conhecido também como tranca Rua das Almas e Tranca Ruas de Embaé.


Foi na verdade uma especie de curandeiro,sua especialidade era a extração de dentes,trabalhava com ervas virgens e em especial com cascas de uma arvore que tinha proximo ao seu castelo,era um homem muito rico nascido em berço de ouro.Quando jovem tinha vontade de se tornar um padre em um mosteiro em sua cidade(Galícia ,na Espanha) ,todo esse sonho foi interrompido durante uma missa cujo qual ficou em seu pensamento um distinta senhora que havia ído se confessar.
ele passou então a frenquentar a todas as missas ,tentando desesperadamente encontrar essa mulher,depois de um mês quando estava na ante sala da igreja ele ouviu uma voz suave chamando pelo padre ,e para sua surpresa era a tal mulher.sem pensar em nada fingiu ser o padre ,a mulher então beijou lhe a mão e pediu para que ele lhe perdoasse seus pecados,ela disse a ele que a bruxaria fazia parte de sua vida e nada poderia fazer para afasta la de seus caminhos e que estava saindo daquela cidade por que temia que a inquisição a julgasse,nesse mesmo momento geraldo se calou e disse a mulher ,desde que te vi pelas missas não consigo pensar em outra coisa a não ser voce,não sei se estou enfeitiçado ,mais o que sinto é mais que o suficiente,e se voce vai sair desta cidade que seja comigo.
Voltou a seu castelo,vendeu todos os seus bens e nunca mais voltou a cidade de galicia,ele foi morar com Maria e começou a se envolver demais com os segredos do oculto,logo  passou a se tornar um mestre na arte de enfeitiçar,e passou para o lado da magia negra,com medo de perder Maria, geraldo celou um pacto com o diabo para que a mesma fosse para sempre sua e de nenhum outro homem.
sua alma passou a ser do diabo,que cobrava cada vez mais pelo seu feito,alguns anos se passaram e Maria adoeceu,nenhum feitiço era capaz de lhe devolver a saúde, desesperado pensando perder sua amada mais uma vez recorreu ao diabo,porem disse a ele ,que se fizesse o que ele queria seu preço seria cobrado apos a morte de Maria , sem pensar aceitou,na manhã seguinte Maria se levantou e nada mais tinha ,ela viveu intensamente somente mais três dias ,falecendo queimada por uma vela que incendiou todo o casebre.
Culpado ,Maria não conseguia descansar em paz,seu espirito ficou perdido junto com as almas sem luz,ele dedicou seus últimos dias a buscar um jeito de livrar a alma de sua amada,ele morreu logo depois de desgosto,e o diabo levou sua alma ,após sua passagem tornou se o guardião das almas sem luz que tentam se livrar dos caminhos escuros ,por isso seu nome tranca rua das almas.hoje sua missão é levar ajuda a quem esta perdido,e ele tambem guarda os espirítos zombeteiros afim de que paguem seus pecados,para voltarem ,reencarnarem.essa é a historia de tranca rua das almas.
"na sombra e na luz ,tranca rua  me conduz"



Laroiê Sr. 7 Encruzilhadas é Mojuba

                                    Laroiê Sr. Exu 7 Encruzilhadas

Exu Sete Encruzilhadas (Lucifugo) – Afunila-se com o caboclo. Entidade de difícil incorporação,e pouco se sabe de suas vidas e histórias.Habita as encruzilhadas da rua e sua falange está em todas elas.Age com rapidez e não caminha, “aparece”.
 
A noite convidava à festa,
Os sorrisos pairavam no ar,
Os olhos percorriam a Vida
E as estrelas se faziam brilhar.

Tudo era alegria
Naquele dia qualquer....
Eu havia lhe feito promessas,
Eu havia lhe dado presentes...
Mas não contava que a felicidade
Tivesse um preço tão ardente!

A bela tentou me avisar,
Correndo pela ladeira...
Mas, chegou tarde, a pobre,
Pois já era feita a colheita!

Foi nas quebradas da noite,
Lá pras bandas do Tuití...

As bebidas e as gargalhadas
Criavam imagens berrantes
Quando o alvoroço chegou,
Dando fim ao som da música
Que naquele instante parou!

O infeliz mau amado,
Ferido no seu orgulho
De homem, de fera, de alma carente,
Lançou-me na escuridão
Feito um bicho doente!
O golpe a mim desferido
Com punhal ainda pulsa
E ainda lembro da noite,
Que mais sozinho fiquei,
Olhando-me sem entender,
Meu corpo frio, escondido,
Servindo de alimento
Para os vermes, apodrecer!

A tocaia do destino
Cumpriu-se no seu ardor,
Não sei bem quem desferiu
A primeira garrafada...
Porém, caindo, cambaleando,
Ainda zonzo, entendi:
- Eis-me a hora derradeira,
Eis que chega o meu fim!...

Embora a dor me pungisse o corpo,
Queimando-me as entranhas,
Ainda puder reter os olhos
Naquele pobre infeliz,
Porém, mais pena senti de mim...
- Deus do céu! O que eu fiz?!

Ainda lembro do olhar
De um amigo assustado,
O único a chorar o pranto
Da minha triste despedida,
Que volto a encontrar no tempo,
Feito Alma, minha amiga!

A rua se fez deserta
No morro do Tuití.
Não se soube do indigente
Que ali teve seu fim!

Mas que engano tão irônico,
Lá estava eu a penar
E nem mesmo outro infeliz,
Que eu pudesse abraçar...

Fiquei na escuridão das trevas,
O que chamam de Umbral,
E não sei por quanto tempo
Eu paguei pelo meu mal!

Até que um dia, Deus louvado,
Uma luz se acendeu,
Em meu caminho solitário,
Uma alma intercedeu!

Estendeu a sua mão,
Num gesto protetor,
Tirando-me das trevas
E me dando seu amor.

Ao anjo que me salvou
Após tantas preces pedidas,
O meu feliz obrigado,
A minha eterna amizade,
Adeus às trevas e ao medo,
Bendigo, hoje, seu nome:
Meu Amigo e Irmão Alfredo!

Hoje na minha lida,
De ajudar e servir,
Lição tiro da vida,
Daquela que perdi...

Não fazer mal a si mesmo,
Muito menos ao seu irmão,
Pois as contas se ajustam,
Do outro lado do portão!

Faço versos no Astral,
Como humilde versejador,
Canto as frases que repito
Para quem vem perguntar,
Pois hoje sou Exu pequenino
Na ânsia de ajudar,
Seguindo o Pai Maior
No seu gesto de amar!

E sou 7 Encruza por que jurei
7 mil vezes 7, perdoar
A toda e qualquer punhalada
Que me venha magoar!
E sou das Almas,.
Pois uma Alma sou,
Num eterno caminhar,
Em direção à Luz,
Sob o manto de Pai Oxalá

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Laroiê Sr. do Lodo



Exu do Lodo (Pruflas) – trabalha nas regiões sombrias e habita onde não há luz.Curador de grandes pestes e enviado direto de Omulu e trabalha para Nanã. Na linha das almas ultiliza toda sua magia e auxilia na transmutação e na purificação de quiumbas perdidas.Possue um pé com casco e tem deformidade na coluna


Exú Rei e sua esposa decidiram andar pelo mundo para verificar a qualidade do trabalho que realizavam seus súditos. Disfarçaram-se e seguiram por caminhos diferentes.

A Pomba Gira Rainha caminhava por uma trilha quando se deparou com um grande pântano, sujo e podre, que lhe impedia de seguir em frente.

Perdeu-se em pensamentos imaginando como fazer para atravessá-lo. De repente, surgiu a sua frente um homem, com a aparência de um ermitão, bastante despenteado e maltrapilho.

A imagem sombria do desconhecido a assustou a principio, mas logo ficou lisonjeada, quando ele, rapidamente, retirou sua capa e a jogou sobre o lago para que ela pudesse passar. Nesse instante ela pode ver nos olhos dele uma grande desolação.

A Rainha caminhou por sobre a longa capa e seguiu seu caminho sem olhar para trás. Atônito e fascinado pela beleza daquela estranha mulher que nunca tinha visto, o homem, que era Exu do Lodo, sentiu o amor invadir-lhe o peito.

A soberana chegou ao palácio e contou ao marido o que tinha descoberto:

- Conheci um ser nobre que cuida de um pântano imundo. Quando uma pessoa chega a esse charco pestilento, do nada ele vem e ajuda a pessoa a superar os obstáculos. Eu vi a tristeza em seus olhos por ter um local como aquele para cuidar, mas, no entanto, faz o seu trabalho com cuidado. Tem uma figura, curva, malcheirosa e bruta, mas é humilde e cortês.

Exú Rei, impressionado pelas palavras da mulher, resolveu convidar o estranho homem para um jantar no palácio real. Sua intenção era premiá-lo por sua dedicação à missão que lhe tinha sido imposta e pelo respeito à sua esposa. Ordenou então ao general de seu exército, que fosse até ao pântano, levando o convite.

Chegando à Mansão Real, Exu do Lodo surpreendeu-se ao notar que a esposa de seu soberano era a mulher que ele amava. A dor, ao mesmo tempo, invadiu-lhe a alma. Sabia que tinha de esquecê-la para sempre.

Naquela noite, Exu Rei o condecorou e lhe deu a honra de se sentar à sua direita. E desde então, é esse o lugar que ele ocupa, mantendo a base do trono de seu monarca.

Pomba Gira Rainha deu-lhe um lenço perfumado com seu aroma, pedindo que ele guardasse nele suas lágrimas, e ao retornar à sua morada, o jogasse no meio do pântano.

Naquela noite, enquanto voltava, cabisbaixo, pensava no amor que deveria esquecer, quando as lágrimas corriam, as limpava com o lenço presenteado. Ao chegar, jogou o lenço sobre a lama e ficou a observá-lo deslizando sobre o charco. Do lenço saíram todas as suas lágrimas e espalharam-se por sobre a água suja, espalhadas como um colar de pérolas que se quebrara. Na manhã seguinte, ele encontrou no local onde tinha atirado o lenço uma planta, e as suas lágrimas dispersas, eram botões florais que se colavam à ela. Considerou um presente de sua Rainha e aspirou a fragrância do seu amor.

Depois de algum tempo, a história repetiu-se. Uma mulher que circulava por aquele mesmo caminho e de repente estacava em frente ao charco. Solicito como sempre, Exú do Lodo saiu de seu esconderijo e ofereceu-lhe a capa. Ao fitar a bela mulher, descobriu em seus olhos a simpatia que ele tanto buscava, e sem pensar duas vezes, cortou algumas de suas flores e ofereceu-as à ela. Emocionada a mulher sorriu e olhou-o com carinho. Era, Maria Molambo, que a partir daí, nunca mais o deixou sozinho.

Laroiê sr. Exu do Lodo!!!!!!!!!!!!!

LAROIÊ EXU...

O ORIXÁ

Axé a todos,



Dia 13 de junho, comemora-se no calendário católico o dia de Santo Antônio. Este, é o sincretismo do nosso maravilhoso orixá  EXU.



O Orixá

Exu é um orixá africano, também conhecido como: Exu, Esu, Eshu, Bara, Ibarabo, Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Ijèlú. Algumas cidades onde se cultua o Exu são: Ondo, Ketu, Ilesa, Ijebu, Abeokuta, Ekiti, Lagos.

Exu é o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento.

Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, o mundo material e o mundo espiritual, seja plenamente realizada.

Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como é representado no culto africano, um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade.

Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual, é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um absurdo na construção teológica yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do mal. Mesmo porque nesta religião não existem diabos ou entidades encarregadas única e exclusivamente de coisas ruins como fazem as religiões cristãs. Estas pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso; pelo contrário, na mitologia yoruba, bem como no candomblé, cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano.

De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele.

No entanto, como tudo no universo possui de um modo geral dois lados, positivo e negativo, Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes.

Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú.

A palavra elegbara significa “aquele que é possuidor do poder (agbará)” e está ligado à figura de Exu.

Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é denominado Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei.

Exu praticamente não possui ewós ou quizilas. Aceita quase tudo que lhe oferecem.

Os yorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios. Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra usados de forma bem precisa em seus trabalhos.

Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um orìkì que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”.

E assim é Exu, o orixá que faz o erro virar acerto e o acerto virar erro.

Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, por meio de uma artimanha, conseguiu ser o rei da região, tornando-se um dos reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil o reverenciam também com este nome.

Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.

Exu o terceiro orixá criado por Olorun da junção terra/água/hálito, ele possui a função de executor, observador,
mensageiro, líder, etc. Alem dos nomes citados aqui, que são epítetos e nomes de cidades onde há o seu culto, ele será batizado com outros nomes no momento do seu assentamento, ritual especifico e odu do dia.



Os 16 múltiplos de Exú



Exú Yangui:a laterita vermelha, é a sua múltipla forma mais importante e que lhe confere a qualidade de Imolê ou divindade nos ritos da criação. Exú ligado a antigas e grandes sacerdotizas de Oxun.

Exú Agbà: o ancestral, o início a liberação do poder

Exú Igbá ketá: o exú da terceira cabaça

Exú Okòtò: o exú do carocol, o infinito.

Exú Oba Babá Exú: o rei pai de todos os Exús

Exú Odàrà: o senhor da felicidade

Exú Òsíjè: o mensageiro divino

Exú Elérù: o Senhor do carrego ritual.

Exú Enú Gbáríjo: a boca coletiva dos Orixás.

Exú Elegbárà: o senhor do poder mágico

Exú Bárà: o senhor do corpo

Exú L’Onan: o Senhor dos caminhos

Exú Ol’Obé: o senhor da Faca

Exú El’Ébo: o Senhor das oferendas

Exú Alàfìá: o Senhor sa satisfação Pessoal

Exú Oduso: o Senhor que vigia os Odús.

Exús que acompanham vários Orixás.

Exú Akesan: acompanha Oxumaré, etc

Exú Jelu ou Ijelu: acompanha Osolufun.

Exú Ína: responsável pela cerimónia do Ipade regulamentando o ritual.

ExúÒnan: acompanha Oxun, Oyá , Ogun, responsável pela porteira do Ketu.

Exú Ajonan: tinha o seu culto forte na antiga região Ijesa.

Exú Lálú: acompanha Odé, Ogun, Oxalá, etc

Exú Igbárábò: acompanha Yemanjá, Xangô, etc

Exú Fokí ou Bàra Tòkí: acompanha Oyá e vários orixás

Exú:Lajìkí ou Bára Lajìkí: acompanha Ogun, Oyá e as posteiras.

Exú Sìjídì: acompanha Omolú, Nanã, etc

Exú Langìrí: a companha Osogiyan

Exú Álè: acompanha Omolú

Exú Àlákètú: acompanha Oxóssi

Exú Òrò: acompanha Odé, Logun

Exú Tòpá/Eruè: acompanha Ossayin

Exú Aríjídì: acompanha Oxun

Exú Asanà: acompanha Oxun

Exú L’Okè: acompanha Obá

Exú Ijedé: acompanha Logun

Exú Jinà: acompanha Oxumarè

Exú Íjenà: acompanha Ewá

Exú Jeresú: acompanha Obaluaiye

Exú Irokô; acompanha Iroko





Brasil

Exu.

No Brasil, no candomblé, Exu é um dos mais importantes Orixás e sempre é o primeiro a receber as oferendas, as cantigas, as rezas, é saudado antes de todos os Orixás, antes de qualquer cerimônia ou evento. O Exu Orixá não incorpora em ninguém para dar consultas como fazem os Exus de Umbanda, eles são assentados na entrada das casas de candomblé como guardiões, e em toda casa de candomblé tem um quarto para Exu, sempre separado dos outros Orixás, onde ficam todos os assentamentos dos exus da casa e dos filhos de santo que tenham exu assentado.

É astucioso, vaidoso, culto e dono de grande sabedoria, grande conhecedor da natureza humana e dos assuntos mundanos daí a assimilação com o diabo pelos primeiros missionários que, assustados, dele fizeram o símbolo da maldade e do ódio. Porém " … nem completamente mau, nem completamente bom … ", na visão de Pierre Verger no texto de sua autoria "Iniciação" - contido no documentário "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia", Exu reage favoravelmente quando tratado convenientemente, identificado no jogo do merindilogun pelo odu okaran.Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê).

A segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu. Suas cores são o vermelho e o preto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê. Aconselha-se nunca lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é "Larôye!" que significa o bem falante e comunicador.

Consiste o padê em um prato de farofa amarela, acaçá, azeite-de-dendê e um copo de água ou cachaça, que são “arriados” para Exu.

Na nação de angola ou candomblé de Angola Exu recebe o nome de Aluvaiá, Pambu Njila, e Legbá, no Candomblé Jeje.

Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda. Os exus de umbanda sao entidades de pessoas desencarnadas que, por motivos de evoluçao espiritual, retornaram à terra para cumprir essa missão junto ao seus seguidores. Essas entidades são confundidas com esu ou exu do Candomblé devido à proximidade que Exu tem com os homens. Entretanto, não são considerados orixás como o Exu, e sim entidades das trevas conhecedores das vontades de homens e mulheres no plano terrestre, tendo vivido em épocas diferentes, porém com os mesmos problemas, desejos e sonhos

 Arquétipos

Seus filhos são sensuais, dominadores e extremamente inteligentes. Gostam da vida cercada de barulho, muitas atividades e romances de todo tipo. Adoram a gozação, o caçoar,impossíveis, inquietos, extrovertidos, prendem a atenção dos outros apenas por caminhar. Brincalhões, sempre por mais sérios que estejam, um sorriso irá escapar e por vezes tendem a ter problemas de comportamento mental, pois sua cabeça não para e o mundo não consegue acompanhá-la.Não se prendem a ninguém, são muito impulsivos. Mas se amam alguém, dão sua vida se for preciso, sem pensar em nada.Conversar com filho de Exu, parace algo muito complicado para os desconhecedores, pois encerram uma conversa do nada ou parecem não dar a mínima atenção a conversa, mas de repente aparecem com a solução ou com um presente, dependendo do teor do assunto.Sentem o cheiro da demanda e tendem a ter problemas de saude relacionados a fígado e coração. Muitos médiuns ou conhecedores, gostam de ter a amizade, presença, compania,etc, de um filho de Exu, pois são os famosos “pára-raio”, chaveirinho da sorte ou escudos. Bagunceiros, ativos e seus olhares “falam”, sempre possuem uma “carta” na manga ou uma saída repentina para um problema.Gostam de ajudar e trabalhar sem pensar e sem limites, sem medir esforços e sem esboçar um sentimento de “favor”, faz disso uma obrigação. Podem se tornar vingativos e extremamente crueis, sendo este o lado negativo.Seu pensamento assim como ajuda, pode derrubar, sem esforços e dó.Quando tomados de raiva ou contrariedade, exalam cordões plasmáticos de espectro vermelho que o envolvem e dificilmente é possível tirá-los deste estado sem que queiram. Dizem que assim como o pai, filhos de Exu, possuem uma lâmina na cabeça, pois não são para carregar fardos pesados...Filho de Exu, mata um pássaro hoje, com a pedra que atirou ontém.Filho de Exu, não teme, não nega, não para.



DIA DA SEMANA
Segunda-feira.

CORES
Preto e vermelho.
SÍMBOLOS
Tridente e/ou bastão (opa ogó).
ELEMENTO
Fogo.
PLANTAS
Pimenta, capim tiririca, urtiga. Arruda, salsa, hortelã.
ANIMAIS
Bode e galinha
METAL
Bronze, ferro (minério bruto).
COMIDAS
Farofa de dendê, bife acebolado, picadinho de miúdos.
BEBIDAS
Cachaça.

SINCRETISMO

Santo Antônio (13/06) .

FUMO
Charutos.

DOMÍNIOS (variados)
Passagens, encruzilhadas, caminhos, portas, entrada das casas.
O QUE FAZ
Vigia as passagens, abre e fecha os caminhos. Por isso ajuda a resolver problemas da vida fora de casa e a encontrar caminhos para progredir. Além disso, protege contra perigos e inimigos.
QUEM É
Elo de ligação entre os homens e os Orixás; senhor da vitalidade; do sexo; da alegria, da vida, das sensações.
CARACTERÍSTICAS
Apaixonado, esperto, criativo, persistente, impulsivo, brincalhão, amigo.









O Padê

Dentro dos rituais sagrados de Exú, não pode faltar de forma alguma seu padê, espécie de farofa crua, na qual é adicionada a farinha de mandioca, e vários elementos, dependendo da necessidade de cada pessoa.

Os mais utilizados de forma geral, são: o padê de água, de dendê, e o de mel. Sendo que esses são muito utilizados quando se realiza algum sacrifício de aves ou de quatro pés para essa divindade. O padê sem o ritual de sacrifício tem por finalidade, se presentear a Exú para que ele nos ajude em determinados assuntos nos quais necessitamos. Trata-se de uma comida preferida por todos os exús e sua aplicabilidade remonta das senzalas que existiam no Brasil.

É público que na África não existia esse tipo de alimento, farinha de mandioca, uma vez que esse foi criado pelos índios brasileiros, mas, os antigos sacerdotes, que eram escravos, introduziram esse presente ao culto de exú e desde essa época, é comum dar-se de presente para exú seu padê.

O padê de dendê serve para se esquentar os caminhos e é muito utilizado para a abertura de caminhos para emprego, para o progresso de uma empresa ou para várias outras utilidades. O padê de azeite de oliva costuma ser usado para se conseguir um equilíbrio em determinado setor da vida de uma pessoa, o de mel, serve para se adoçar uma pessoa, para fazer com que exú nos traga, por exemplo, o livramento de uma perseguição, para que uma pessoa que é nosso inimigo se transforme em nosso amigo, para ajudar em questões amorosas entre tantas outras utilidades.

Em caso de abertura de caminhos para uma empresa, para se atrair clientes para um comércio, para que se arrume emprego, é aconselhável que se coloque sete moedas correntes. Para as demais utilidades pode-se colocar de uma a sete moedas correntes.

Ainda existem outros tipos de padês chamados negativos, que servem para livrar uma pessoa da praga, por exemplo, da feitiçaria, do olho grande etc.

Porém, sempre é bom lembrar que as divindades do Candomblé somente atendem ao chamado de pessoas preparadas e com tempo de santo suficiente para entregarem as oferendas, e se alguma pessoa sem esses requisitos, tentar realizar alguma cerimônia, os efeitos podem ser catastróficos na vida do consulente.

E esse fato ocorre muito frequente uma vez que a ganância, a ânsia de dinheiro faz com que pessoas sem preparo algum, decidam interferir solicitando ajuda das entidades para pessoas em seu dia a dia. Exú como sendo um Orixá de grande poder, não tem o hábito de perdoar, e se por ventura, algo for feito de forma irregular, teremos sérias complicações na vida daquele vivente.

Pode-se servir o padê para exú independente de lua ou dia de semana, não sendo aconselhável somente nas sextas feiras, pois esse é um dia consagrado a Oxalá e assim sendo, como existe uma kizila entre Exú e Oxalá, não se recomenda que seja feita qualquer oferenda para essa entidade, deixando o dia de sexta feira somente dedicado a se presentear Oxalá e assim mesmo sem matança, somente com comida seca e reza.

Como qualquer Orixá do panteão africano, exú também tem seu Oriki, ou seja, um conjunto de palavras litúrgicas que são utilizadas para invocá-lo. A esse conjunto de palavras dá-se o nome também de Reza.

As rezas de exú servem para acordá-lo, para invocá-lo para que se digne e vir receber a oferenda que lhe trazemos como para que interaja em nossa vida ou na vida de uma pessoa que necessita dessa intervenção.

É imprescindível que ao entregarmos o padê para exú, estejamos de corpo limpo, sem sexo, bebida ou qualquer outra substância nociva ao lido com os fundamentos do Axé Orixá.

Nunca, em hipótese alguma, devemos invocar exú sem uma necessidade real, pois o mesmo é dotado de uma força que ser humano algum é capaz de controlar.





















Lendas



Exu é filho de Iemanjá e irmão de Ogun e Oxossi. Dos três é o mais agitado, capcioso, inteligente, inventivo, preguiçoso e alegre.É aquele que inventa historias, cria casos e o que tentou violar a própria mãe.

Numa de suas muitas histórias, podemos entender exatamente suas capacidade inventiva, sua conduta maquiavélica e sua maneira pratica de resolver seus assuntos e saciar seus desejos.

Conta-se que dois grandes amigos tinham, cada um deles,um pedaço de terra, dividido por uma cerca. Diariamente os dois iam trabalhar, capinando e revirando a terra, para plantio.Exu, interessado nas terras, fez a proposta para adquiri-las, o que foi negado pelos agricultores. Aborrecido, mas determinado a possuir aqueles dois terrenos, Exu procurou agir. Colocou na cerca um boné. De um lado branco, de outro vermelho. Naquela manhã, os amigos lavradores chegaram cedo para trabalhar a terra e viram o boné na cerca. Um deles via o lado branco e outro o lado vermelho.

Em dado momento, um dos amigos pergunto: - “O que este boné branco faz em minha cerca?” Ao que o outro retrucou: - “Branco? Mas, o boné é vermelho!”

- Não, não, amigo. O boné é branco, como algodão!

- Não, não é mesmo! É vermelho como o sangue!

- Não sei como você pode ver vermelho, se é branco, está louco?

- Não, o louco é você, que vê branco, se a coisa é vermelha!

Bem, daí desencadeou-se a maior discussão, até chegarem à luta corporal. E com as mesmas ferramentas de trabalho, mataram-se.

Exu, que de longe assistiu a tudo, esperando o desfecho já imaginado por ele, aproximou-se e assumiu a posse das terras, não sem antes fazer um comentário, bem ao seu estilo:

- Mas que gentes confusas, que não consegue solucionar problemas tão simples!

Assim é Exu, Senhor dos caminhos, pai da verdade e da mentira. O Deus da contradição, do calor, das estradas, do princípio ativo de vida. O mestre de tudo... e nada!

















NÃO SOU PRETO, BRANCO OU VERMELHO

TENHO AS CORES E FORMAS QUE QUISER

NÃO SOU DIABO NEM SANTO, SOU EXU!

MANDO E DESMANDO,

TRAÇO E RISCO

FAÇO E DESFAÇO.

ESTOU E NÃO VOU

TIRO E NÃO DOU.

SOU EXU.

PASSO E CRUZO

TRAÇO, MISTURO E ARRASTO O PÉ

SOU REBOLIÇO E ALEGRIA

RODO, TIRO E BOTO,

JOGO E FAÇO FÉ.

SOU NUVEM, VENTO E POEIRA

QUANDO QUERO, HOMEM E MULHER

SOU DAS PRAIAS, E DA MARÉ.

OCUPO TODOS OS CANTOS.

SOU MENINO, AVÔ, MALUCO ATÉ

POSSO SER JOÃO, MARIA OU JOSÉ

SOU O PONTO DO CRUZAMENTO.

DURMO ACORDADO E RONCO FALANDO

CORRO, GRITO E PULO

FAÇO FILHO ASSOBIANDO

SOU ARGAMASSA

DE SONHO CARNE E AREIA.

SOU A GENTE SEM BANDEIRA,

O ESPETO, MEU BASTÃO.

O ASSENTO? O VENTO!..

SOU DO MUNDO,NEM DO CAMPO

NEM DA CIDADE,

NÃO TENHO IDADE.

RECEBO E RESPONDO PELAS PONTAS,

PELOS CHIFRES DA NAÇÃO

SOU EXU.

SOU AGITO, VIDA, AÇÃO

SOU OS CORNOS DA LUA NOVA

A BARRIGA DA RUA CHEIA!...

QUER MAIS? NÃO DOU,

NÃO TOU MAIS AQUI