" O bem, só o bem, nada mais que o bem, esta é a nossa missão".
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sexta-feira, 22 de maio de 2015
quinta-feira, 21 de maio de 2015
As ervas
O Banho de Ervas:
O banho de ervas, até como
tratamento, não é de religião alguma, é da própria natureza. Se na Umbanda o
utilizam, é porque os próprios espíritos desencarnados que se apresentam como
pretos-velhos, caboclos, crianças etc., conhecem esses princípios e os utilizam
largamente. Seus princípios iniciáticos estão relacionados a eles, mas não pode
ser esse o motivo da não utilização correta e digna da energia vegetal também
pelos espíritas.
As ervas detêm grande
quantidade de Axé (Energia mágico-universal, sagrada) quem bem combinadas entre
si, detém forte poder de limpeza da aura e produzem energia positiva.
Um banho, com o Axé das
ervas dos Orixás, age sobre a aura eliminando energias negativas, produzindo
energias positivas.
Um banho de ervas reúne as
ervas adequadas a cada caso, agindo diretamente sobre esses distúrbios,
eliminando os sintomas provocados pelo acúmulo de energias negativas.
Medicinas como a Ayurvédica
(hindu), a chinesa, a tibetana, o xamanismo, a medicina alopática e a homeopatia
fazem uso desses recursos naturais há tempos. O uso correto e ético opera
verdadeiros "milagres da natureza".
Podemos usar a energia da
natureza como auxílio no tratamento de depressões, insônia, ansiedade, angústia
e uma série de doenças crônicas.
Com bom senso e é claro, com
o acompanhamento médico necessário, tratando o espírito e o corpo (já que as
doenças se propagam do perispírito para o corpo físico), nós todos podemos
crescer como médiuns e espíritos mais conscientes, e por isso mesmo, mais
abertos e livres.
A Defumação:
No dicionário, defumar
significa "queima, esp. sobre brasas, de ervas, resinas e raízes
aromáticas (alecrim, benjoim, alfazema etc.) para perfumar ambientes; 2.1 essa
mesma queima usada para espantar malefícios e atrair boa sorte".
O que o dicionário não diz é
que a Ciência está em se utilizar dos princípios ativos das plantas e de suas
correlações energéticas para transformar padrões e registros densos em sutis,
alterando toda a vibração do ar e da energia do ambiente. O fogo também tem seu
aspecto eólico que fica impregnado pelos vegetais colocados sobre a brasa.
Esse conhecimento é muito
antigo e até hoje é utilizado pela Igreja, pelos umbandistas, rosa-cruzes,
taoístas, tibetanos etc. Na Grécia Antiga, os sacerdotes tinham predileção
pelas folhas de louro e no Antigo Egito pela Artemísia, entre outras. As ervas
utilizadas ordenam as novas energias.
Sacudimentos e
descarregos:
As ervas também são usadas
na forma de ramas e galhos que são “batidos” nas pessoas, residências e até
mesmo objetos, com o objetivo de desprender as cargas negativas e larvas
astrais que possam estar aderidas a estes.
Quando feito numa residência
deve ser feito batendo as folhas nos cantos opostos de cada cômodo, fazendo um
“X” no cômodo. Começa-se do cômodo mais interno para o mais externo do imóvel.
Quando feito em uma pessoa
ou objeto, faz-se em cruz na ordem: frente, costas, lado direito e lado
esquerdo.
As folhas depois de usadas
devem ser partidas e despachadas junto a algum lugar de vibração da natureza,
de preferência direto sobre o solo.
sexta-feira, 15 de maio de 2015
quarta-feira, 13 de maio de 2015
Adorei as Almas
13 de maio - Dia dos Pretos Velhos
Saudamos nossos mestres, nossos mentores...
saudamos nossos velhinhos, a bondade e o amor
neste dia, saudamos o passe, a reza, o banho e o terço
Agradecemos ao pai maior por essa linha, por estes anjos que temos conosco!!!!
Saravá os pretos Velhos
Adorei as almas
Amado Pai Maior, de joelhos peço Vosso amparo divino neste momento.
Envie Suas irradiações vivas e divinas e envolva todo meu espírito, remova todas as imantações e vibrações negativas para que, equilibrado e harmonizado, eu possa invocar o trabalhar com o mistério dos Pretos Velhos.
Amados Senhores Regentes do Trono da Evolução, peço ao amado Pai Obaluaiê e à amada Mãe Nanã Buruquê que abra o Vosso Portal e acolha minha prece.
Amém!
Amada Linha das Almas,
De joelhos peço a vossa presença ao meu lado direito e que através do meu lado sagrado, vós possa auxiliar-me e amparar-me neste momento de minha vida.
Peço que me equilibre energeticamente e acalme meu coração, para que equilibrado eu possa direcionar meus pensamentos e escutar as vossas palavras através do meu eu interior. Os meus desejos e pensamentos já foram registrados nas telas vibratórias divinas e já estou sendo irradiado pelas esferas afins com meu estado de espírito ao qual me encontro nesse momento.
Em sua imensa luz e sabedoria, interceda por mim, para que eu possa ser auxiliado pelas hierarquias de luz a qual estou ligado.
Mostre-me meus erros para que consciente deles possa retificá-los.
seja a guia que me conduzirá a senda evolutiva do Divino Criador nesta terra de meu Deus, remova todos os buracos, pedras e obstáculos que tem me prejudicado.
Nunca deixe faltar a sabedoria necessária para que eu possa tomar as decisões certas e assim remover as situações que me perturbam;
Nunca deixe faltar saúde em meu corpo material, pois sem ela não consigo viver dignamente nesta terra;
Nunca deixe faltar o alimento de todo dia;
Nunca deixe faltar esperança em realizar os meus sonhos e projetos;
Em sua morada espiritual, zele por mim nesta terra de meu Deus.
Amém!
Pretos-Velhos
História
As grandes
metrópoles do período colonial: Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc;
subjugaram nações africanas, fazendo dos negros mercadorias, objetos sem direitos
ou alma.
Os negros
africanos foram levados a diversas colônias espalhadas principalmente nas
Américas e em plantações no Sul de Portugal e em serviços de casa na Inglaterra
e França.
Os
traficantes coloniais utilizavam-se de diversas técnicas para poder arrematar
os negros:
Chegavam de
assalto e prendiam os mais jovens e mais fortes da tribo, que viviam
principalmente no litoral Oeste, no Centro-oeste, Nordeste e Sul da África.
Trocavam por mercadoria: espelhos, facas, bebidas,
etc. Os cativos de uma tribo que fora vencida em guerras tribais ou corrompiam
os chefes da tribo financiando as guerras e fazendo dos vencidos escravos.
No Brasil
os escravos negros chegavam por Recife e Salvador, nos séculos XVI e XVII, e no
Rio de Janeiro, no século XVIII.
Os primeiros
grupos que vieram para essas regiões foram os bantos; cabindos; sudaneses;
iorubás; geges; hauçá; minas e malês.
A
valorização do tráfico negreiro, fonte da riqueza colonial, custou muito caro;
em quatro séculos, do XV ao XIX, a África perdeu, entre escravizados e
mortos 65 a 75 milhões de pessoas, e estas constituiam uma parte
selecionada da população.
Arrancados de sua terra de origem, uma vida amarga
e penosa esperava esses homens e mulheres na colônia: trabalho de sol a sol nas
grandes fazendas de açúcar. Tanto esforço, que um africano aqui chegado durava,
em média, de sete a dez anos! Em troca de seu trabalho os negros recebiam três
"pês": Pau, Pano e Pão. E reagiam a tantos
tormentos suicidando-se, evitando a reprodução, assassinando feitores,
capitães-do-mato e proprietários. Em seus cultos, os escravos resistiam,
simbolicamente, à dominação. A "macumba" era, e ainda é, um ritual de
liberdade, protesto, reação à opressão. As rezas, batucadas, danças e cantos
eram maneiras de aliviar a asfixia da escravidão. A resistência também
acontecia na fuga das fazendas e na formação dos quilombos, onde os negros
tentaram reconstituir sua vida africana. Um dos maiores quilombos foi o
Quilombo dos Palmares onde reinou Ganga Zumba ao lado de seu guerreiro Zumbi
(protegido de Ogum).
Os negros
que se adaptavam mais facilmente à nova situação recebiam tarefas mais
especializadas, reprodutores, caldeireiro, carpinteiros, tocheiros, trabalhador
na casa grande (escravos domésticos) e outros, ganharam alforria pelos seus
senhores ou pelas leis do Sexagenário, do Ventre livre e, enfim, pela Lei
Áurea.
A Legião de espíritos chamados
"Pretos-Velhos" foi formada no Brasil, devido a esse torpe comércio
do tráfico de escravos arrebanhados da África.
Estes negros aos poucos conseguiram envelhecer e
constituir mesmo de maneira precária uma união representativa da língua, culto
aos Orixás e aos antepassados e tornaram-se um elemento de referência para os
mais novos, refletindo os velhos costumes da Mãe África. Eles conseguiram
preservar e até modificar, no sincretismo, sua cultura e sua religião.
Idosos mesmo, poucos vieram, já que os
escravagistas preferiam os jovens e fortes, tanto para resistirem ao trabalho
braçal como às exemplificações com o látego. Porém, foi esta minoria o
compêndio no qual os incipientes puderam ler e aprender a ciência e sabedoria
milenar de seus ancestrais, tais como o conhecimento e emprego de ervas,
plantas, raízes, enfim, tudo aquilo que nos dá graciosamente a mãe natureza.
Mesmo contando com a religião, suas cerimônias,
cânticos, esses moços logicamente não poderiam resistir à erosão que o grande
mestre, o tempo, produz sobre o invólucro carnal, como todos os mortais. Mas a
mente não envelhece, apenas amadurece.
Não podendo mais trabalhar duro de sol a sol,
constituíram-se a nata da sociedade negra subjugada. Contudo, o peso dos anos é
implacavelmente destruidor, como sempre acontece.
O ato final da peça que encarnamos no vale de
lágrimas que é o planeta Terra é a morte. Mas eles voltaram. A sua missão não
estava ainda cumprida. Precisavam evoluir gradualmente no plano espiritual.
Muitos ainda, usando seu linguajar característico, praticando os sagrados
rituais do culto, utilizados desde tempos imemoriais, manifestaram-se em
indivíduos previamente selecionados de acordo com a sua ascendência (linhagem),
costumes, tradições e cultura. Teriam que possuir a essência intrínseca da
civilização que se aprimorou após incontáveis anos de vivência.
Formação
da Falange dos Pretos-Velhos na Umbanda
Depois de
mortos, passaram a surgir em lugares adequados, principalmente para se
manifestarem. Ao se incorporarem, trazem os Pretos-Velhos os sinais
característicos das tribos a que pertenciam.
Os
Pretos-velhos são nossos Guias ou Protetores, mas no Candomblé, são considerados Eguns (almas
desencarnadas), e decorrente disso, só têm fio de conta (Guia) na Umbanda. Usam
branco ou preto e branco. Essas cores são usadas porque, sendo os
Pretos-Velhos almas de escravos, lembram que eles só podiam andar de branco ou
xadrez preto e branco, em sua maioria. Temos também a Guia de lágrima de Nossa
Senhora, semente cinza com uma palha dentro. Essa Guia vem dos tempos dos
cativeiros, porque era o material mais fácil de se encontrar na época dos
escravos, cuja planta era encontrada em quase todos os lugares.
O dia em
que a Umbanda homenageia os Pretos-Velhos é 13 de maio, que é a data em que foi
assinada a Lei Áurea (libertação dos escravos).
O
Nomes dos Pretos-Velhos
Há muita
controvérsia sobre o fato de o nome do Preto-Velho ser uma miscelânea de
palavras portuguesas e africanas. Voltemos ao passado, na época que
cognominamos "A Idade das Trevas" no Brasil, dos feitores e senhores,
senzalas e quilombos, sendo os senhores feudais brasileiros católicos ferrenhos
(devido à influência portuguesa) não permitiam a seus escravos a liberdade de
culto. Eram obrigados a aprender e praticar os dogmas religiosos dos amos.
Porém eles seguiram a velha norma: contra a força não há resistência, só
a inteligência vence. Faziam seus rituais às ocultas, deixando que os déspotas
em miniatura acreditassem estar eles doutrinados para o catolicismo, cujas
cerimônias assistiam forçados.
As crianças
escravas recém-nascidas, na época, eram batizadas duas vezes. A primeira,
ocultamente, na nação a que pertenciam seus pais, recebendo o nome de acordo
com a seita. A segunda vez, na pia batismal católica, sendo esta obrigatória e
nela a criança recebia o primeiro nome dado pelo seu senhor, sendo o sobrenome
composto de cognome ganho pela Fazenda onde nascera (Ex.: Antônio da Coroa
Grande), ou então da região africana de onde vieram (Ex.: Joaquim D'Angola).
O termo
"Velho", "Vovô" e "Vovó" é para sinalizar sua
experiência, pois quando pensamos em alguém mais velho, como um vovô ou uma vovó
subentendemos que essa pessoa já tenha vivido mais tempo, adquirindo assim
sabedoria, paciência, compreensão. É baseado nesses fatores que as pessoas mais
velhas aconselham.
No mundo
espiritual é bastante semelhante, a grande característica dessa linha é o
conselho. É devido a esse fator que carinhosamente dizemos que são os
"Psicólogos da Umbanda".
Eis aqui,
como exemplo, o nome de alguns Pretos-Velhos:
Pai
Cambinda (ou Cambina), Pai Roberto, Pai Cipriano, Pai João ,Pai Congo, Pai José
D'Angola, Pai Benguela, Pai Jerônimo, Pai Francisco, Pai Guiné, Pai Joaquim,
Pai Antônio, Pai Serafim, Pai Firmino D'Angola, Pai Serapião, Pai Fabrício das
Almas, Pai Benedito, Pai Julião, Pai Jobim, Pai Jobá, Pai Jacó, Pai Caetano,
Pai Tomaz, Pai Tomé, Pai Malaquias, Pai Dindó, Vovó Maria Conga, Vovó Manuela,
Vovó Chica, Vovó Cambinda (ou Cambina), Vovó Ana, Vovó Maria Redonda, Vovó
Catarina, Vovó Luiza, Vovó Rita, Vovó Gabriela, Vovó Quitéria, Vovó Mariana,
Vovó Maria da Serra, Vovó Maria de Minas, Vovó Rosa da Bahia, Vovó Maria do
Rosário, Vovó Benedita.
Obs:
Normalmente os Pretos-Velhos tratados por Vovô ou Vovó são mais “velhos” do que
aqueles tratados por Pai, Mãe, Tio ou Tia).
Atribuições
Eles
representam a humildade, força de vontade, a resignação, a sabedoria, o
amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que
necessitam: curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz. Não têm raiva
ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no
passado.
Com seus
cachimbos, fala pausada, tranqüilidade nos gestos, eles escutam e ajudam
àqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e de religião. São
extremamente pacientes com os seus filhos e, como poucos, sabem incutir-lhes os
conceitos de karma e ensinar-lhes resignação
Não se pode
dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente os mesmos
Pretos-Velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram
por muitas vidas anteriores foram: negros escravos, filósofos, médicos, ricos,
pobres, iluminados, e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam
escolheram ou foram escolhidos para voltar a terra em forma incorporada de
Preto-Velho. Outros, nem negros foram, mas escolheram como missão voltar nessa
pseudo-forma.
Outros
foram até mesmo Exus, que evoluíram e tomaram as formas de um Pretos-Velhos.
Este
comentário pode deixar algumas pessoas, do culto e fora dele, meio confusas:
"então o Preto-Velho não é um Preto-Velho, ou é, ou o que
acontece???".
Esses
espíritos assumem esta forma com o objetivo de manter uma perfeita comunicação
com aqueles que os vão procurar em busca de ajuda.
O espírito
que evoluiu tem a capacidade de assumir qualquer forma, pois ele é energia viva
e conduzente de luz, a forma é apenas uma conseqüência do que eles tenham que
fazer na terra. Esses espíritos podem se apresentar, por exemplo, em lugares
como um médico e em outros como um Preto-Velho ou até mesmo um caboclo ou exu.
Tudo isso vai de acordo com o seu trabalho, sua missão. Não é uma forma de
enganar ou má fé com relação àqueles que acreditam, muito pelo contrário,
quando se conversa sinceramente, eles mesmos nos dizem quem são, caso tenham
autorização.
Por isso,
se você for falar com um Preto-Velho, tenha humildade e saiba escutar, não
queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica,
entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé,
acredite em você, tenha amor a Deus e a você mesmo.
Para muitos
os Pretos-Velhos são conselheiros mostrando a vida e seus caminhos; para outros,
são pisicólogos, amigos, confidentes, mentores espirituais; para outros, são os
exorcistas que lutam com suas mirongas, banhos de ervas, pontos de fogo, pontos
riscados e outros, apoiados pelos exus desfazendo trabalhos. Também combatem as
forças negativas (o mal), espíritos obssessores e kiumbas.
A
Mensagem dos Pretos-Velhos
A figura do
Preto-Velho é um símbolo magnífico. Ela representa o espírito de humildade, de
serenidade e de paciência que devemos ter sempre em mente para que possamos
evoluir espiritualmente.
Certa vez,
em um centro do interior de Minas, uma senhora consultando-se com um
Preto-Velho comentou que ficava muito triste ao ver no terreiro pessoas
unicamente interessadas em resolver seus problemas particulares de cunho
material, usando os trabalhos de Umbanda sem pensar no próximo e, só retornavam
ao terreiro, quando estavam com outros problemas. O Preto-Velho deu uma
baforada com seu cachimbo e respondeu tranquilamente: "Sabe filha, essas
pessoas preocupadas consigo próprias, são escravas do egoísmo. Procuramos
ajudá-las, resolvendo seus problemas; mas, aquelas que podem ser aproveitadas,
depois de algum tempo, sem que percebam, estarão vestidas de roupa branca,
descalças, fazendo parte do terreiro. Muitas pessoas vem aqui buscar lã e saem
tosqueadas; acabam nos ajudando nos trabalhos de caridade".
Essa é a
sabedoria dos Pretos-Velhos...
Os
Pretos-Velhos levam a força de Deus (Zambi) a todos que queiram aprender e
encontrar uma fé. Sem ver a quem, sem julgar, ou colocando pecados. Mostrando
que o amor a Deus, o respeito ao próximo e a si mesmo, o amor próprio, a força
de vontade e encarar o ciclo da reencarnação podem aliviar os sofrimentos do
karma e elevar o espírito para a luz divina. Fazendo com que as pessoas
entendam e encarem seus problemas e procurem suas soluções da melhor maneira
possível dentro da lei do dharma e da causa e efeito.
Eles
aliviam o fardo espiritual de cada pessoa fazendo com que ela se fortaleça
espiritualmente. Se a pessoa se fortalece e cresce consegue carregar mais
comodamente o peso de seus sofrimentos. Ao passo que se ela se entrega ao
sofrimento e ao desespero enfraquece e sucumbe por terra pelo peso que carrega.
Então cada um pode fazer com que seu sofrimento diminua ou aumente de acordo
como encare seu destino e os acontecimentos de sua vida:
"Cada
um colherá aquilo que plantou. Se tu plantaste vento colherás tempestade. Mas,
se tu entenderes que com luta o sofrimento pode tornar-se alegria vereis que
deveis tomar consciência do que foste teu passado aprendendo com teus erros e
visando o crescimento e a felicidade do futuro. Não sejais egoísta, aquilo que
te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça
tu darás. Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podeis encontrar o
teu caminho interior, a luz e DEUS" (Pai Cipriano).
Características:
Linha e Irradiação
Todos os
Pretos-Velhos vem na linha de Obaluaiê, mas cada um vem na irradiação de um
Orixá diferente.
Fios de Contas (Guias)
Muitos dos
Pretos-Velhos Gostam de Guias com Contas de Rosário de Nossa Senhora, alguns
misturam favas e colocam Cruzes ou Figas feitas de Guiné ou Arruda.
Roupas
Preta e
branca; carijó (xadrez preto e branco). As Pretas-Velhas às vezes usam lenços
na cabeça e/ou batas; e os Pretos-Velhos às vezes usam chapéu de palha.
Bebida
Café preto,
vinho tinto, vinho moscatel, cachaça com mel (às vezes misturam ervas, sal,
alho e outros elementos na bebida).
Dia da
semana: Segunda-feira
Chakra
atuante: básico ou sacro
Planeta
regente: Saturno
Cor representativa: preto e
branco;
Saudação:
Cacurucaia (Deve sempre ser respondida com “Adorei as Almas”)
Fumo: cachimbos
ou cigarros de palha.
Obs: Os
Pretos-Velhos às vezes usam bengalas ou cajados.
Cozinha
Ritualística
Tutu de
feijão preto
Mingau das
almas
É um mingau
feito de maizena e leite de vaca (às vezes com leite de coco), sem açúcar ou
sal, colocado em tigela de louça branca. É comum colocar-se uma cruz feita de
fitas pretas sobre esse mingau, antes de entregá-lo na natureza.
Bolinhos de tapioca
Os
bolinhos de tapioca são feitos colocando-se a tapioca de molho em água quente
(ou leite de coco, se preferir), de modo a inchar. Quando inchado, enrole os
bolinhos em forma de croquete e passe-os em farinha de mesa crua. Asse na
grelha.
Colocar os
bolinhos em prato de louça branca podendo acrescentar arruda, rapadura, fumo de
rolo, etc.
Obs: Nas
sessões festivas de Pretos-Velhos, é usual servir a tradicional feijoada
completa, feita de feijão preto, miúdos e carne salgada de boi, acompanhada de
couve à mineira e farofa.
Formas Incorporativas E Especialidade Dos Pretos-Velhos:
Sua forma
de incorporação é compacta, sem dançar ou pular muito. A vibração começa
com um "peso" nas costas e uma inclinação de tronco para frente, e os
pés fixados no chão. Se locomovem apenas quando incorporam para as saudações
necessárias (atabaque, gongá, etc...) e depois sentam e praticam sua caridade
(Podemos encontrar alguns que se mantém em pé).
É possível
ver Pretos-Velhos dançando, mais esse dançando é sutíl, e apenas com movimentos
dos ombros quando sentados.
Essa
simplicidade se expande, tanto na sua maneira de ser e de falar. Usam
vocabulário simples, sem palavras rebuscadas.
A linha é
um todo, com suas características gerais, ditas acima, mas diferenças ocorrem
porque os Pretos-Velhos são trabalhadores de orixás e trazem para sua forma de
trabalho a essência da irradiação do Orixá para quem eles trabalham.
Essas
diferenças são evidenciadas na incorporação e também na maneira de trabalhar e
especialidade deles. Para exemplificar, separaremos abaixo por Orixás:
Pretos-Velhos
De Ogum
São mais rápidos
na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o médium e as vezes com
outras pessoas que estão cambonando e até consulentes.
São diretos
na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens, as vezes parece que
estão brigando, para dar mesmo o efeito de "choque", mais são no
fundo extremamente bondosos tanto para com seu médium e para as outras pessoas.
São
especialistas em consultas encorajadoras, ou seja, encorajando e dando segurança
para aqueles indecisos e "medrosos". É fácil pensar nessa
característica pois Ogum é um Orixá considerado corajoso.
Pretos-Velhos De Oxum
São mais
lentos na forma de incorporar e até falar. Passam para o médium uma
serenidade inconfundível.
Não são tão
diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma verdade dolorosa
possa ser escutada de forma mais amena, pois a finalidade não é
"chocar" e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que
está sendo falado.
São
especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um Preto-Velho de
Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior. As vezes é comum sair
até mais confuso do que quando entrou, mas é necessário para a evolução daquela
pessoa.
Pretos-Velhos
De Xangô
Sua
incorporação é rápida como as de Ogum.
Assim como
os caboclos de Xangô, trabalham para causas de prosperidade sólida, bens como
casa própria, processo na justiça e realizações profissionais.
Passam
seriedade em cada palavra dita. Cobram bastante de seus médiuns e
consulentes.
Pretos-Velhos
De Iansã
São rápidos
na sua forma de incorporar e falar. Assim como os de Ogum, não possuem
também muita paciência para com as pessoas.
Essa
rapidez é facilmente entendida, pela força da natureza que os rege, e é essa
mesma força lhes permite uma grande variedade de assuntos com os quais ele
trata, devido a diversidade que existe dentro desse único Orixá.
Geralmente
suas consultas são de impacto, trazendo mudança rápida de pensamento para a
pessoa. São especialistas também em ensinar diretrizes para alcançar
objetivos, seja pessoal, profissional ou até espiritual.
Entretanto,
é bom lembrar que sua maior função é o descarrego. É limpar o ambiente, o
consulente e demais médiuns do terreiro, de eguns ou espíritos de parentes e
amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram com a partida
permanecendo muito próximos dessas pessoas.
Pretos-Velhos De Oxossi
São os mais
brincalhões, suas incorporações são alegres e um pouco rápidas.
Esses
Pretos-Velhos geralmente falam com várias pessoas ao mesmo tempo.
Possuem uma
especialidade: A de receitar remédios naturais, para o corpo e a
alma, assim como emplastros, banhos e compressas, defumadores, chás, etc...
São verdadeiros químicos em seus tocos. - Afinal não podiam ser diferentes,
pois são alunos do maior "químico" - Oxossi.
Pretos-Velhos
De Nanã
São raros,
sua maneira de incorporação é de forma mais envelhecida ainda. Lenta e
muito pesada. Enfatizando ainda mais a idade avançada.
Falam rígido,
com seriedade profunda. Não brincam nas suas consultas e prezam sempre o
respeito, tanto do médium quanto do consulente, e pessoas a volta como:
cambonos e pessoas do terreiro em geral e principalmente do pai ou da mãe de
santo.
Cobram
muito do seu médium, não admitem roupas curtas ou transparentes. Seu julgamento
é severo. Não admite injustiça.
Costumam se
afastar dos médiuns que consideram de "moral fraca". Mais
prezam demais a gratidão, de uma forma geral. Podem optar por ficar numa
casa, se seu médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e honrada.
É difícil a
relação com esses guias, principalmente quanto há discordância, ou seja, não são
muito abertos a negociação no momento da consulta.
São
especialistas em conselhos que formem moral, e entendimento do nosso karma,
pois isso sem dúvida é a sua função.
Atuam também
como os de Inhasã e Obaluaiê, conduzindo Eguns.
Pretos-Velhos
De Obaluaiê
São simples
em sua forma de incorporar e falar. Exigem muito de seus médiuns, tanto
na postura quanto na moral.
Defendem
quem é certo ou quem está certo, independente de quem seja, mesmo que para isso
ganhem a antipatia dos outros.
Agarram-se
a seus "filhos" com total dedicação e carinho, não deixando no
entanto de cobrar e corrigir também. Pois entendem que a correção é uma
forma de amar.
Devido a
elevação e a antiguidade do Orixá para o qual eles trabalham, acabam
transformando suas consultas em conselhos totalmente diferenciados dos demais
Pretos-Velhos. Ou seja, se adaptam a qualquer assunto e falam deles
exatamente com a precisão do momento.
Como
trabalha para Obaluaiê, e este é o "dono das almas", esses
Pretos-Velhos são geralmente chefes de linha e assim explica-se a facilidade
para trabalhar para vários assuntos.
Sua
"visão" é de longo alcance para diversos assuntos, tornando-os
capazes de traçar projetos distantes e longos para seus consulentes.
Tanto pessoal como profissional e até espiritual.
Assim
exigem também fiel cumprimento de suas normas, para que seus projetos não saiam
errado, para tanto, os filhos que os seguem, devem fazer passo a passo tudo que
lhes for pedido, apenas confiando nesses Pretos-Velhos.
Gostam de
contar histórias para enriquecer de conhecimento o médium e as pessoas a volta.
Pretos-Velhos
De Yemanjá
São belos
em suas incorporações, contudo mantendo uma enorme simplicidade. Sua fala
é doce e meiga.
Sua
especialidade maior é sem dúvida os conselhos sobre laços espirituais e
familiares.
Gostam também
de trabalhar para fertilidade de um modo geral, e especialmente para as
mulheres que desejam engravidar.
Utilizando
o movimento das ondas do mar, são excelentes para descarregos e passes.
Pretos-Velhos
De Oxalá
São
bastante lentos na forma de incorporar, tornam-se belos principalmente pela
simplicidade contida em seus gestos.
Raramente dão
consulta, sua maior especialidade é dirigir e instruir os demais Pretos-Velhos.
Cobram
bastante de seus médiuns, principalmente no que diz respeito a prática de
caridade, bom corpontamento moral dentro e fora do terreiro, ausência de
vícios, humildade; enfim o cultivo das virtudes mais elevadas.
Você Aprendeu:
Quem
são os Pretos-Velhos. Como a falange de Pretos-Velhos se formou na Umbanda.
Sobre os nomes dos Pretos-Velhos. As atribuições dos Pretos-Velhos. A Mensagem
dos Pretos-Velhos. As Características da Falange dos Pretos-Velhos. As comidas
oferecidas aos Pretos-Velhos. As diferentes apresentações e especialidades dos
Pretos-Velhos de cada irradiação.
terça-feira, 5 de maio de 2015
O efeito da lua nas ervas
Os vegetais são diretamente
influenciados pela natureza. A lua e o sol são os astros que muito influenciam
a absorção do Prana e devemos conhecer estas influências.
Dentre as quatro fases
lunares, que tem duração de sete dias cada, temos duas fases que chamamos de
quinzena positiva, propícia para a colheita de ervas para rituais diversos na
Umbanda (banhos, defumações, etc.) e nas outras duas temos a quinzena negativa,
pois a concentração de éter, nas folhas, frutos e flores, é muito baixa.
Os vegetais são de maneira
geral, condensadores das energias solares e cósmicas. Há ervas que recebem
influxos mais diretos de certos planetas ou luminares, sendo, portanto, ervas
particulares desses planetas Os corpos celestes são a concretização de certas
Linhas de Forças de um determinado Orixá, assim, por extensão, temos ervas de
determinado Orixá.
Lua Nova:
Esta fase lunar caracteriza-se pela “ausência” da
lua.
É a primeira fase da quinzena positiva, pois o éter
vital concentra-se na parte superior do vegetal, isto é, nas folhas, frutos,
flores e caules superiores. Assim, é uma das fases propícias para a colheita de
elementos vegetais.
Lua Crescente:
É a fase complementar, ou segunda fase da quinzena
positiva. O éter vital, ou corrente Prânica, ainda está nas folhas, flores e
frutos. Está se dirigindo das extremidades das plantas para o seu centro.
Lua Cheia:
É a fase que está na quinzena negativa, não sendo o
melhor ciclo para a colheita de ervas, para efeitos ritualísticos, pois o Prana
ou éter vital está no caule principal e dirige-se às raízes, para completar o
ciclo.
Lua Minguante:
Nesta fase lunar, o Prana concentra-se na raiz,
vitalizando-a, permitindo que ela extraia os nutrientes necessários do solo.
Não é uma fase propícia para a colheita de
ervas, pois está na quinzena negativa.
Coleta:
Se for possível coletar
pessoalmente as ervas, o melhor horário será logo ao amanhecer.
Pede-se licença ao Orixá
Ossãe e Oxossi, pois esses são, respectivamente, os Orixás das plantas e ervas
medicinais e ritualísticas e o Senhor das matas e florestas em geral.
É importante, que no
instante em que forem retirar as ervas, mentalizem e peçam para que, na
finalidade desejada, possam usufruir todas as energias, que estão contidas
nestes vegetais.
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