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quinta-feira, 28 de junho de 2012

KAO KABECILE XANGO

Neste dia, a Justiça irá bradar ... e juntos, os mais belos cantos vamos ecoar....

Pai Xangô, venha em nosso terreiro, pois a ti meu pai, queremos reverenciar!!!!



Juntamente com nossos caboclos guerreiros!!!!



Nos veremos nos Santuário Nacional da Umbanda - tenda 38
 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Boa sexta feira a todos !!!

Ó poderoso Pai Oxalá, o maior dos Orixás, aspiração suprema dos desejos dos nossos corações, caminhamos até a sua claridade, clareando todos os nossos passos no amanhecer de cada dia.
Que a luz, a eterna luz que o Senhor derramou e derrama todos os dias, cubra a cabeça daqueles que a ti estão ligados numa corrente de fé e num só pensamento elevamos as nossas preces.
Oxalá nosso Pai, dai-nos a graça de chorarmos sinceramente nossas faltas cometidas, e com espírito de humildade, nos purificarmos através da fé e da caridade. Que nós consigamos limpar a morada dos nossos corações, desterrando tudo que é mundano, vício, ódio e maldade, na certeza de que com toda esta humildade alcançaremos o Senhor.
Pai Oxalá, sabeis que a razão humana é fraca e pode enganar-nos, mas a verdadeira fé não pode ser enganada.
Pai Oxalá, que suas duas evoluções, nos acolha;
Que Oxaguiã empunhe a espada e lute por nós e que Oxalufã, nos abençoe e alimente nossa fé

Epa babá Oxalufan
Exeua babá Oxaguiã

Ótima Sexta Feira a todos

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Xangô x Ogun


Xangó x Ogun



Eis uma das maiores batalhas individuais e pontuais que acontecera no panteão. Xangô, adentrava o reino de Ogun, para solicitar a nova forja de armas para as batalhas.Por causa de sua beleza,vaidade e riqueza, desperta em Iansã, todo amor e mais tarde foge para o reino do senhor da justiça.Ali vivera eternamente ao seu lado e assim, a guerra entre estes dois orixás se iniciava.Em uma das visitas a Ogun, para solicitar armas, foi atendido prontamente e assim voltou a sua terra.No embate, percebe que as armas não estavam fortes e, se não fosse seu poder, teria perdido a batalha, porém, foi o único sobrevivente, perdendo todos os seus homens.Tomado pela cólera, ordenou para que todos de seu reino, se protegesse, pois naquele dia, um vitorioso guerreiro, iria saber que a justiça existia e Orun(céu) seria a testemunha.Ogum usa das armas que fabrica,e sua agilidade da guerra.Xangô usa da força, estratégia e da magia.Ambos são guerreiros temidos.E assim, Xangô bradou seus machados, destruindo o palácio de Ogun, o entrave começava.Numa terrível batalha, o céu e a terra, sentira o peso da batalha, onde a espada e o machado se encontravam com a violência e ira.Raios e trovões saíam dali e Xangô então derrubava o guerreiro de Olorun.Caído, derrotado, Ogun sentia a mistura de espanto e vergonha, Xangô, tomado pela fúria, com seus raios, trovões e fogo, devastou todo o reino de Ogun.Disposto a acabar com o senhor da guerra e provocar um desequilíbrio no mundo, foi impedido por Oxaguiã(companheiro de batalha de Ogun), enviado por Olorun e com a palavra, acalmasse Xangô.Assim foi feito e tudo voltara ao normal.Apenas as diferenças entre estes dois deuses, pois, onde há vingança, não existe justiça e onde há guerra, não existe lei.Até as músicas, relatam as diferenças, como cita Clara Nunes na Música Iansã:

Iansã, Cadê Ogum?
Foi pro mar!
Mas Iansã, Cadê Ogum?
Foi pro mar!


Iansã penteia
Os seus cabelos macios
Quando a luz da lua cheia
Clareia as águas do rio
Ogum sonhava
Com a filha de Nanã
E pensava q as estrelas
Eram os olhos de Iansã

Mas Iansã, Cadê Ogum?
Foi pro mar!

Iansã, Cadê Ogum?
Foi pro mar!

Na terra dos orixás
Um amor se dividia
Entre um deus que era de paz –
(Xangô)
E outro deus que combatia – (Ogun)

Como a luta só termina
Quando existe um vencedor
Iansã virou rainha na coroa de xangô

Mas Iansã, Cadê Ogum?
Foi pro mar!

Iansã, Cadê Ogum?
Foi pro mar!


E assim, as diferenças entre os dois seguem os tempos, onde,  filhos de ambos, sempre tendem a ser meio confusos, indecisos.Apesar de toda a história, nunca abandonam vossas missões, pois a união entre ambos é constatada.Na roda de Oxalufã, é Ogun e Xangô que puxam os caminhos, assim como nos trabalhos e assim por diante.

Xangô, Orixá do poder, da justiça,das pedreiras,dos trovões e do fogo;

Xangô, é o Odara, a beleza, o rei majestoso;

Xangô, é a força, é a fúria;

Xangô, é o sentimento do bem, é sentir-se inabalável;

È assim que temos que ver e sentir Xangô, pois assim ele é; Kaô Kabiecile

Grandiosa Festa Para Xangô


Neste dia, a Justiça irá bradar ... e juntos, os mais belos cantos vamos ecoar....
Pai Xangô, venha em nosso terreiro, pois a ti meu pai, queremos reverenciar!!!!

Juntamente com nossos caboclos guerreiros!!!!

Nos veremos nos Santuário Nacional da Umbanda - tenda 38
Axé

sábado, 16 de junho de 2012

falando nisso...


Oxum é conhecida como a mãe do candomblé, pois segundo uma lenda ela que inventou o culto:



ASSIM NASCEU O CANDOMBLÉ


No começo não havia separação entre o Orum, o Céu dos orixás, e o Aiê, a Terra dos humanos.
Homens e divindades iam e vinham, coabitando e dividindo vidas e aventuras.
Conta-se que, quando o Orum fazia limite com o Aiê, um ser humano tocou o Orum com as mãos sujas.
O céu imaculado do Orixá fora conspurcado.
O branco imaculado de Obatalá se perdera.
Oxalá foi reclamar a Olorum.
Olorum, Senhor do Céu, Deus Supremo, irado com a sujeira, o desperdício e a displicência dos mortais, soprou enfurecido seu sopro divino e separou para sempre o Céu da Terra.
Assim, o Orum separou-se do mundo dos homens e nenhum homem poderia ir ao Orum e retornar de lá com vida. E os orixás também não podiam vir à Terra com seus corpos. Agora havia o mundo dos homens e o dos orixás, separados. Isoladas dos humanos habitantes do Aiê, as divindades entristeceram.
Os orixás tinham saudades de suas peripécias entre os humanos e andavam tristes e amuados.
Foram queixar-se com Olodumare, que acabou consentindo que os orixás pudessem vez por outra retornar à Terra.
Para isso, entretanto, teriam que tomar o corpo material de seus devotos.
Foi a condição imposta por Olodumare.
Oxum, que antes gostava de vir à Terra brincar com as mulheres, dividindo com elas sua formosura e vaidade, ensinando-lhes feitiços de adorável sedução e irresistível encanto, recebeu de Olorum um novo encargo: preparar os mortais para receberem em seus corpos os orixás.

Oxum fez oferendas a Exu para propiciar sua delicada missão.
De seu sucesso dependia a alegria dos seus irmãos e amigos orixás.
Veio ao Aiê e juntou as mulheres à sua volta, banhou seus corpos com ervas preciosas, cortou seus cabelos, raspou suas cabeças, pintou seus corpos.
Pintou suas cabeças com pintinhas brancas, como as pintas das penas da conquém, como as penas da galinha-d’angola. Vestiu-as com belíssimos panos e fartos laços, enfeitou-as com jóias e coroas.

O ori, a cabeça, ela adornou ainda com a pena ecodidé, pluma vermelha, rara e misteriosa do papagaio-da-costa. Nas mãos as fez levar abebés, espadas, cetros, e nos pulsos, dúzias de dourados indés.
O colo cobriu com voltas e voltas de coloridas contas e múltiplas fieiras de búzios, cerâmicas e corais.
Na cabeça pôs um cone feito de manteiga de ori, finas ervas e obi mascado, com todo condimento de que gostam os orixás.

Esse oxo atrairia o orixá ao ori da iniciada e o orixá não tinha como se enganar em seu retorno ao Aiê.
Finalmente as pequenas esposas estavam feitas, estavam prontas, e estavam odara.
As iaôs eram as noivas mais bonitas que a vaidade de Oxum conseguia imaginar. Estavam prontas para os deuses.
Os orixás agora tinham seus cavalos, podiam retornar com segurança ao Aiê, podiam cavalgar o corpo das devotas.
Os humanos faziam oferendas aos orixás, convidando-os à Terra, aos corpos das iaôs.
Então os orixás vinham e tomavam seus cavalos.

E, enquanto os homens tocavam seus tambores, vibrando os batás e agogôs, soando os xequerês e adjás, enquanto os homens cantavam e davam vivas e aplaudiam, convidando todos os humanos iniciados para a roda do xirê, os orixás dançavam e dançavam e dançavam.
Os orixás podiam de novo conviver com os mortais.
Os orixás estavam felizes.
Na roda das feitas, no corpo das iaôs,



eles dançavam e dançavam e dançavam.

Estava inventado o candomblé.

Que Oxalá nos abençoe sempre

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Kaô Kabecile Xangô






Xangô

 



Talvez estejamos diante do Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro Deus Iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras.
Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano. Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de Caboclo, que se refere obviamente ao que chamamos de Candomblé de Caboclo.
Xangô é pesado, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos, quando inquiridos.
Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão.
Na África, se uma casa é atingida por um raio, o seu proprietário paga altas multas aos sacerdotes de Xangô, pois se considera que ele incorreu na cólera do Deus. Logo depois os sacerdotes vão revirar os escombros e cavar o solo em busca das pedras-de-raio formadas pelo relâmpago. Pois seu axé está concentrado genericamente nas pedras, mas, principalmente naquelas resultantes da destruição provocada pelos raios, sendo o Meteorito é seu axé máximo.
Xangô tem a fama de agir sempre com neutralidade (a não ser em contendas pessoais suas, presentes nas lendas referentes a seus envolvimentos amorosos e congêneres). Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente. Seu Axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos à flor da terra, nas pedreiras, nos maciços. Suas pedras são inteiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis, como o próprio Orixá.
Xangô não contesta o status de Oxalá de patriarca da Umbanda, mas existe algo de comum entre ele e Zeus, o deus principal da rica mitologia grega. O símbolo do Axé de Xangô é uma espécie de machado estilizado com duas lâminas, o Oxé, que indica o poder de Xangô, corta em duas direções opostas. O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado, defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. Numa disputa, seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça por ele aplicada. Segundo Pierre Verger, esse símbolo se aproxima demais do símbolo de Zeus encontrado em Creta. Assim como Zeus, é uma divindade ligada à força e à justiça, detendo poderes sobre os raios e trovões, demonstrando nas lendas a seu respeito, uma intensa atividade amorosa.
Outra informação de Pierre Verger especifica que esse Oxé parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça; este fogo é, ao mesmo tempo, o duplo machado, e lembra, de certa forma a cerimônia chamada ajerê, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma jarra cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo, demonstrando através dessa prova, que o transe não é simulado.
Xangô portanto, já é adulto o suficiente para não se empolgar pelas paixões e pelos destemperos, mas vital e capaz o suficiente para não servir apenas como consultor.
Outro dado saliente sobre a figura do senhor da justiça é seu mau relacionamento com a morte. Se Nanã é como Orixá a figura que melhor se entende e predomina sobre os espíritos de seres humanos mortos, Eguns, Xangô é que mais os detesta ou os teme. Há quem diga que, quando a morte se aproxima de um filho de Xangô, o Orixá o abandona, retirando-se de sua cabeça e de sua essência, entregando a cabeça de seus filhos a Obaluaiê e Omulu sete meses antes da morte destes, tal o grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas.
Deste tipo de afirmação discordam diversos babalorixás ligados ao seu culto, mas praticamente todos aceitam como preceito que um filho que seja um iniciado com o Orixá na cabeça, não deve entrar em cemitérios nem acompanhar a enterros.
Tudo que se refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem a Xangô.
Xangô teria como seu ponto fraco, a sensualidade devastadora e o prazer, sendo apontado como uma figura vaidosa e de intensa atividade sexual em muitas lendas e cantigas, tendo três esposas: Obá, a mais velha e menos amada; Oxum, que era casada com Oxossi e por quem Xangô se apaixona e faz com que ela abandone Oxossi; e Iansã, que vivia com Ogum e que Xangô raptou.
No aspecto histórico Xangô teria sido o terceiro Aláàfin Oyó, filho de Oranian e Torosi, e teria reinado sobre a cidade de Oyó (Nigéria), posto que conseguiu após destronar o próprio meio-irmão Dada-Ajaká com um golpe militar. Por isso, sempre existe uma aura de seriedade e de autoridade quando alguém se refere a Xangô.
Conta a lenda que ao ser vencido por seus inimigos, refugiou-se na floresta, sempre acompanhado da fiel Iansã, enforcou-se e ela também. Seu corpo desapareceu debaixo da terra num profundo buraco, do qual saiu uma corrente de ferro - a cadeia das gerações humanas. E ele se transformou num Orixá. No seu aspecto divino, é filho de Oxalá, tendo Yemanjá como mãe.
Xangô também gera o poder da política. É monarca por natureza e chamado pelo termo obá, que significa Rei. No dia-a-dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos, lideranças sindicais, associações, movimentos políticos, nas campanhas e partidos políticos, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.
Xangô é a ideologia, a decisão, à vontade, a iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, à vontade de vencer. Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança. Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo Rei é mais importante que o medo.
Xangô é um Orixá de fogo, filho de Oxalá com Yemanjá. Diz a lenda que ele foi rei de Oyó. Rei poderoso e orgulhoso e teve que enfrentar rivalidades e até brigar com seus irmãos para manter-se no poder.

Características



Cor
Marrom (branco e vermelho)
Fio de Contas
Marrom leitosa
Ervas
Erva de São João, Erva de Santa Maria, Beti Cheiroso, Nega Mina, Elevante, Cordão de Frade, Jarrinha, Erva de Bicho, Erva Tostão, Caruru, Para raio, Umbaúba. (Em algumas casas: Xequelê)
Símbolo
Machado
Pontos da Natureza
Pedreira
Flores
Cravos Vermelhos e brancos
Essências
Cravo (flor)
Pedras
Meteorito, pirita, jaspe.
Metal
estanho
Saúde
fígado e vesícula
Planeta
Júpiter
Dia da Semana
Quarta-Feira
Elemento
Fogo
Chacra
cardíaco
Saudação
Kaô Cabecile (Opanixé ô Kaô)
Bebida
Cerveja Preta
Animais
Tartaruga, Carneiro
Comidas
Agebô, Amalá
Numero
12
Data Comemorativa
24 de junho,30 de Setembro
Sincretismo:
São Pedro,São João Batista, São Gerônimo.
Incompatibilidades:
Caranguejo, Doenças
Qualidades:
Dadá, Afonjá, Lubé, Agodô, Koso, Jakuta, Aganju, Baru, Oloroke, Airá Intile, Airá Igbonam, Airá Mofe, Afonjá, Agogo, Alafim

Atribuições


Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e eqüidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo

As Características Dos Filhos De Xangô

Para a descrição dos arquétipos psicológico e físico das pessoas que correspondem a Xangô, deve-se ter em mente uma palavra básica: Pedra. É da rocha que eles mais se aproximam no mundo natural e todas as suas características são balizadas pela habilidade em verem os dois lados de uma questão, com isenção e firmeza granítica que apresentam em todos os sentidos.
Atribui-se ao tipo Xangô um físico forte, mas com certa quantidade de gordura e uma discreta tendência para a obesidade, que se ode manifestar menos ou mais claramente de acordo com os Ajuntós (segundo e terceiro Orixá de uma pessoa). Por outro lado, essa tendência é acompanhada quase que certamente por uma estrutura óssea bem-desenvolvida e firme como uma rocha.
Tenderá a ser um tipo atarracado, com tronco forte e largo, ombros bem desenvolvidos e claramente marcados em oposição à pequena estatura;
A mulher que é filha de Xangô, pode ter forte tendência à falta de elegância. Não que não saiba reconhecer roupas bonitas - tem, graças à vaidade intrínseca do tipo, especial fascínio por indumentárias requintadas e caras, sabendo muito bem distinguir o que é melhor em cada caso. Mas sua melhor qualidade consiste em saber escolher as roupas numa vitrina e não em usá-las. Não se deve estranhar seu jeito meio masculino de andar e de se portar e tal fato não deve nunca ser entendido como indicador de preferências sexuais, mas, numa filha de Xangô é um processo de comportamento a ser cuidadosamente estabelecido, já que seu corpo pode aproximar-se mais dos arquétipos culturais masculinos do que femininos; ombros largos, ossatura desenvolvida, porte decidido e passos pesados, sempre lembrando sua consistência de pedra.

Em termos sexuais, Xangô é um tipo completamente mulherengo. Seus filhos, portanto, costumam trazer essa marca, sejam homens, sejam mulheres (que estão entre as mais ardentes do mundo). Os filhos de Xangô são tidos como grandes conquistadores, são fortemente atraídos pelo sexo oposto e a conquista sexual assume papel importante em sua vida.
São honestos e sinceros em seus relacionamentos mais duradouros, porque para eles sexo é algo vital, insubstituível, mas o objeto sexual em si não é merecedor de tanta atenção depois de satisfeito desejo.
Psicologicamente, os filhos de Xangô apresentam uma alta dose de energia e uma enorme auto-estima, uma clara consciência de que são importantes, dignos de respeito e atenção, principalmente, que sua opinião será decisiva sobre quase todos os tópicos - consciência essa um pouco egocêntrica e nada relacionada com seu real papel social. Os filhos de Xangô são sempre ouvidos; em certas ocasiões por gente mais importante que eles e até mesmo quando não são considerados especialistas num assunto ou de fato capacitados para emitir opinião.
Porém, o senhor de engenho que habita dentro deles faz com que não aceitem o questionamento de suas atitudes pelos outros, especialmente se já tiverem considerado o assunto em discussão encerrado por uma determinação sua. Gostam portanto, de dar a última palavra em tudo, se bem que saibam ouvir. Quando contrariados porém, se tornam rapidamente violentos e incontroláveis. Nesse momento, resolvem tudo de maneira demolidora e rápida mas, feita a lei, retornam a seu comportamento mais usual.
Em síntese, o arquétipo associado a Xangô está próximo do déspota esclarecido, aquele que tem o poder, exerce-o inflexivelmente, não admite dúvidas em relação a seu direito de detê-lo, mas julga a todos segundo um conceito estrito e sólido de valores claros e pouco discutíveis. É variável no humor, mas incapaz de conscientemente cometer uma injustiça, fazer escolha movido por paixões, interesses ou amizades.
Os filhos de Xangô são extremamente enérgicos, autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos honestos e equilibrados, porém quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e incontrolável.

Cozinha ritualística


Caruru
Afervente o camarão seco, descasque-o e passe na máquina de moer. Descasque o amendoim torrado, o alho e a cebola e passe também na máquina de moer. Misture todos esses ingredientes moídos e refogue-os no dendê, até que comecem a dourar. Junte os quiabos lavados, secos e cortados em rodelinhas bem finas. Misture com uma colher de pau e junte um pouco de água e de dendê em quantidade bastante para cozinhar o quiabo. Se precisar, ponha mais água e dendê enquanto cozinha. Prove e tempere com sal a gosto. Mexa o caruru com colher de pau durante todo o tempo que cozinha. Quando o quiabo estiver cozido, junte os camarões frescos cozidos e o peixe frito (este em lascas grandes), dê mais uma fervura e sirva, bem quente.

Ajebô
Corte os quiabos em rodelas bem fininhas em uma Gamela, e vá batendo eles como se estivesse ajuntando eles com as mãos, até que crie uma liga bem Homogênea.

Rabada
Cozinhe a rabada com cebola e dendê. Em uma panela separada faça um refogado de cebola dendê, separe 12 quiabos e corte o restante em rodelas bem tirinhas,
junte a rabada cozida. Com o fubá, faça uma polenta e com ela forre uma gamela, coloque o refogado e enfeite com os 12 quiabos enfiando-os no amalá de cabeça para baixo.

Lendas de Xangô


A Justiça de Xangô
Certa vez, viu-se Xangô acompanhado de seus exércitos frente a frente com um inimigo que tinha ordens de seus superiores de não fazer prisioneiros, as ordens era aniquilar o exército de Xangô, e assim foi feito, aqueles que caiam prisioneiros eram barbaramente aniquilados, destroçados, mutilados e seus pedaços jogados ao pé da montanha onde Xangô estava. Isso provocou a ira de Xangô que num movimento rápido, bate com o seu machado na pedra provocando faíscas que mais pareciam raios. E quanto mais batia mais os raios ganhavam forças e mais inimigos com eles abatia. Tantos foram os raios que todos os inimigos foram vencidos. Pela força do seu machado, mais uma vez Xangô saíra vencedor. Aos prisioneiros, os ministros de Xangô pediam os mesmo tratamento dado aos seus guerreiros, mutilação, atrocidades, destruição total. Com isso não concordou com Xangô.
- Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça, eram guerreiros cumprindo ordens, seus líderes é quem devem pagar!
E levantando novamente seu machado em direção ao céu, gerou uma série de raios, dirigindo-os todos, contra os líderes, destruindo-os completamente e em seguida libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.

A Lenda da Riqueza de Obará
Eram dezesseis irmãos, Okaram, Megioko, Etaogunda, Yorossum, Oxé, Odí, Edjioenile, Ossá, Ofum, Owarin, Edjilaxebora, Ogilaban, Iká, Obetagunda, Alafia e Obará. Entre todos Obará era o mais pobre, vivendo em uma casinha de palha no meio da floresta, com sua vida humilde e simples.
Um dia os irmãos foram fazer a visita anual ao babalaô para fazer suas consultas, e prontamente o babalaô perguntou: Onde está o irmão mais pobre? Os outros irmão disseram-lhe que avia se adoentado e não poderia comparecer, mas na verdade eles tinham vergonha do irmão pobre. Como era de costume o babalaô presenteou a cada irmão com uma lembrança, simples, mas de coração e após a consulta foram todos a caminho de casa. Enquanto caminhavam, maldiziam o presente dado pelo babalaô, Morangas? Isso é presente que se dê? Abóboras? .
A noite se aproximava e a casa de Obará estava perto, resolveram então passar a noite lá. Chegando a casa do irmão, todos entraram e foram muito bem recebidos, Obará pediu a esposa que preparasse comida e bebida a todos, e acabaram com tudo o que havia para comer na casa. O dia raiando os irmãos foram embora sem agradecer, mas antes lhe deixaram as abóboras como presente, pois se negavam a come-las.
Na hora do almoço, a esposa de Obará lhe disse que não havia mais nada o que comer, apenas as abóboras que não estavam boas, mas Obará pediu-lhe que as fizesse assim mesmo. Quando abriram as abóboras, dentro delas haviam várias riquezas em ouro e pedras preciosas e Obará prosperou.
Tempos depois, os irmãos de Obará passavam por tempos de miséria, e foram ao Babalaô para tentar resolver a situação, ao chegar lá escutaram a multidão saldando um príncipe em seu cavalo branco e muitos servos em sua comitiva entrando na cidade, quando olharam para o príncipe perceberam que era seu irmão Obará e perguntaram ao Babalaô como poderia ser possível e ele respondeu: Lembram-se das abóboras que vos dei, dentro haviam riquezas em pedras e ouro mas a vaidade e orgulho não vos deixaram ver e hoje quem era o mais pobre tornou-se o mais rico.
Foram então os irmãos ao palácio de Obará para tentar recuperar as abóboras e lá chegando, disseram a Obará que lhes devolvessem as Abóboras e Obará assim o fez, mas antes esvaziou todas e disse: Eis aqui meus irmãos, as abóboras que me deram para comer, agora são vocês que as comerão. E quando o babalaô em visita ao palácio de Obará lhe disse: Enquanto não revelares o que tens, tu sempre terás. E foi assim que se explica o motivo que quem carrega este Odú não pode revelar o que tem pois corre o risco de perder tudo, como os irmãos de Obará.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Laroiê Exu Mirim



Exu Mirim
7ª Falange ou Legião – Yariri – Exu Mirim
As Crianças Tanto na Esquerda Quanto na Direita , estão Associados as Mães.
Exu Mirim é um Mistério Natural Manifestado Por Deus .

Quem é , e o que Representa para a Umbanda o Exu Mirim?
Exu Mirim[ Serguith ], é o Travesso das Dimensões Negativas, que com sua Irreverência Resolve Qualquer Mal Entendido e Desmancha as Confusões. Guardião das Linhas das Águas, Trabalha junto com Exus, e de Preferência com as Pomba Giras. Ajuda a Abrir Caminhos, Desfazer os Malfeitos e Incentiva o Trabalho Social para Resgatar os que estão na Marginalidade. Fazem Par com os Erês nas Dimensões Negativas , As Meninas Apresentam-se Como Pomba Giras Meninas :
São Espíritos de Muita Luz e Sabedoria , Portadores de Mistérios dos Orixás , Nunca os Olhem Como: Engraçadinhos , Coitadinhos e Divertidos.
Exu Mirim Pólo Equilibrador Entre a Direita e a Esquerda , Atuam Como Agente Atrasador da Evolução , Faz o Ser Regredir vai Fechando as Faculdades por Mal Uso da Mesma Tanto no Material como no Espiritual.
Quando Erramos Em Nossa Vida , Sofremos uma Regressão ( Lei de Causa e Efeito),Sejam Umbandista , Espiritualistas ou Pessoas Comuns , essa Regressão e Feita por Exu Mirim , Quando Estamos no Caminho Certo de Vida Agem Como Agentes Evolutivos.
-O Recomeço da Vida , e o Plano de Atuação após essa Regressão e Feita por Exu.
Exu Mirim Elemento Regredi dor de Nossas Vidas.
Exu Elemento Vitaliza dor , Dando continuação aos Caminhos da Vida ou do Recomeço de Vida.
Obs: Deus Não é Impiedoso , Deus não Pune e Nem Castiga , O que Existe sim é a Conscientização ou Regressão dos Caminhos de Vida , Por Acertos ou Erros Como já Disse Lei de Causa e Efeito , e Nossas Entidades e Divindades Estão ai para nos Fazer Cumprir as Leis.
Apresentação:
Apresenta-se sempre na forma e com roupagem de criança travessa , Gostam da Cor Vermelho e Preto.
Obs; É justamente a falange de exu mirim que As Vezes se introduz nas `Ibeijadas ́fazendo se passar por eles.
Campos de Força:
Encruzas Próximas a Praia (Sempre a primeira Vindo da Linha da Praia para as Ruas)
Encruzas em Y
E os descampados
Seu Dia :
Muito Homenageado no dia 06/01 Dia de Reis.

Seus Gostos:
Gostam de Doces Escuros :
Chocolates: Cigarrinhos de Chocolates , Chocolates Com Licores por dentro , Doce de Bananas , Teta de Nega Etc...
Também Gostam de Moedas
Bebidas:
Guaraná com um Pouco de Conhaque
Coca cola com Pinga
As vezes Acrescentam um Pouco de mel nas Misturas.

Algumas Considerações sobre Exu - Mirim

Na religião de Umbanda existe uma linha muito pouco comentada e compreendida, sendo por isso mesmo muitas vezes deixada "de lado" dentro dos centros e terreiros. É a linha de Exu Mirim.
Tabu dentro da religião, muitos poucos trabalham com essas entidades tão controvertidas e misteriosas, chegando ao ponto de, em muitos lugares, duvidar - se muito da existência deles.
Na verdade, Exu Mirim é mais uma linha de esquerda dentro do ritual de Umbanda, trabalhando junto com Exu e Pombagira para a proteção e sustentação dos trabalhos da casa. Não aceitar Exu Mirim é proceder como em casas que não aceita - se Exu e Pombagira, mas que a partir do astral e sem que ninguém perceba, recebem a sua proteção. Afinal, "se sem Exu não se faz nada, sem Exu Mirim menos ainda".
Não nos chega dentro da cultura dos Orixás (nagô) um culto a uma divindade ou “Orixá Exu – Mirim”, assim como não nos chega a existência de um “Orixá Pombagira”. Apesar disso, sabemos da existência de um Trono responsável pela força e vigor na Criação (Exu/Mehor Yê), assim como existe uma divindade - trono responsável pelo estímulo em toda a Criação (Pombagira/Mahor Yê). Sendo assim, também existe uma divindade fechada e não revelada, que sustenta a força da linha de Exu – Mirim. Seria o “Orixá Exu – Mirim” responsável por criar meios ou situações para o desenvolvimento do intelecto e o amadurecimento das pessoas (fator complicador). Dessa forma, enquanto Exu vitaliza os sete sentidos da vida e Pombagira estimula – os, Exu – Mirim traz situações e “complicações” para que utilizando o vigor e estimulados possamos vencer essas situações e evoluirmos como espíritos humanos.
Dentro da Umbanda não acessamos nem cultuamos diretamente o Orixá – Mistério Exu, mas sim o ativamos através de sua linha de trabalho formada por espíritos humanos assentados a esquerda dos Orixás. Também assim fazemos com o mistério Exu – Mirim, pois o acessamos através da linha de trabalho Exu – Mirim, formada por "espíritos encantados" ligados a essa divindade regente.
Os Exus Mirins (entidades) apresentam - se como crianças travessas, brincalhonas, espertas e extrovertidas.
Apesar de serem bem “agitados”, sua manifestação deve estar sempre dentro do bom - senso, afinal dentro de uma casa de luz, uma verdadeira casa de Umbanda, eles sempre manifestam - se para a prática do bem sobre comando direto dos Exus e Pombagiras
guardiões da casa.
Podemos dizer que os Exus e Pombagiras estão para os Exus - Mirins como os Pretos - velhos estão para as crianças da Linha de Cosme e Damião.
Trazem nomes simbólicos análogos aos dos "Exus - adultos", demonstrando seu campo de atuação, energias, forças e Orixás a quem respondem. Assim, temos Exus - Mirins ligados ao Campo Santo: Caveirinha, Covinha, Calunguinha, Porteirinha, ligados ao fogo: Pimentinha, Labareda, Faísca, Malagueta, ligados a água: Lodinho, Ondinha, Prainha, entre muitos e muitos outros, chegando ao ponto de termos Exus - Mirins atuando em cada uma das Sete Linhas de Umbanda.
Quando respeitados, bem direcionados e doutrinados pelos Exus e Pombagiras da casa, tornam – se ótimos trabalhadores, realizando trabalhos magníficos de limpeza astral, cura, quebras de demandas, etc. Utilizam – se de elementos magísticos comuns à linha de esquerda, como a pinga (normalmente misturado ao mel), o cigarro, cigarrilhas e charutos, a vela
bicolor vermelha/preta, etc.
Uma força muito grande que Exu – Mirim traz, é a força de “desenrolar” a nossa vida (fator desenrolador), levando todas as nossas complicações pessoais e “enrolações” para bem longe. Também são ótimos para acharem e revelarem trabalhos ou forças "negativas" que estejam atuando contra nós, "desocultando -as" e acabando com essas atuações.
A Umbanda vai além da manifestação de espíritos desencarnados, atuando e interagindo com realidades da vida muitas vezes inacessíveis a espíritos humanos. Exu – Mirim muitas vezes tem acesso a campos e energias que os outros guias espirituais não têm.
Lembrem – se que a Umbanda é a manifestação de “espírito para a caridade” não importando a forma ou o jeito de sua manifestação.
Para aqueles que sentirem – se afim com a força e tiverem respeito, com certeza em Exu – Mirim verão uma linha de trabalho tão forte, interessante e querida como todas as outras

LAROIÊ EXU MIRIM !!!!!!!!!!!!

Laroiê Sr. Marabá



Exu Marabá (Huictogaras) Exu acolhedor e responsável pelas almas recém desencarnadas, trabalha na linha de Ogun, porém atua com Iansã.Mora nas capelas e velórios e age como um aconselhador.Usa seus feitiços como choque anímico e o remanejamento dos eguns. Possui chifres e seu rosto é escamoso, pele avermelhada.



De tradicional família alemã, foi educado em colégios tradicionais e anos mais tarde, seguiu a ordem profissional da familia de médicos.
Aperfeiçoando-se em necropsia, alcançou o ápice e o auge de sua carreira e reconhecimento.Auxiliou muito as forças armadas na 2ª guerra mundial, desvendando crimes de guerra e sinais de possíveis abusos e torturas.
Pai de três filhos, tinha todo o seu tempo tomado pelo trabalho que se dedicava integralmente a ele.Frio, não sabia lidar muito com a vida social, embora sua profissão talvez tivera lhe tirado isso, amava o fato de estar frente a frente com um novo defunto, cheio de mistérios e respostas. Detestava o fato de ter que prestar consolo aos familiares, não sabia lidar com este tipo de coisa.

Em um dos poucos dias em que desfrutava de uma leitura e curiar vinhos, foi solicitado a comparecer ao trabalho pois às pressas teria que examinar e documentar seu parecer, procedimento básico e comum.

Chegando, deparou-se com uma menina no florecer de sua adolescência.O óbito, veio devido à desnutrição e outros fatores que o levaram a morte.Incomodava-se com aquela menina, em fazer aquilo... algo prendia sua atenção... ao abrir e iniciar a autópsia, no ventre da menina, havia um feto de cachorro e muitas outras coisas "estranhas que o intrigaram e muito".Depois daquele dia, nunca mais foi o mesmo, ausentou-se por muitos dias do trabalho,ficando trancado em sua casa, depois ao iniciar suas atividades de trabalho, atitudes estranhas e trejeitos, espantavam todos.

Em um dia, foi pego alimentando-se de um dos cadáveres.Caso abafado pelos colegas, estranhamente adquiriu uma grande satisfação em atender as famílias que procuravam pelos familiares, anos mais tarde, descobriu-se que se aproximava delas, para ir até suas casas e matá-las.

Em uma tarde foi pego em sua residência, com todos os corpos de seus familiares custurados um nos outros.Preso e internado num manicômio, morreu em um misterioso incêndio que vitimos todos que ali estavam.

Ao desligar-se, foi açoitado por todas as almas que foram suas vítimas e esperavam anciosamente por aquele momento...vagou, fugiu...não entendia o que tivera acontecido na sua vida...buscou resposta, obsediou-se...clamou por ajuda, resgatado, passou por anos de tratamentos espirituais e descarrego de espíritos obsidiadores.

De volta ao plano, "restaurado e reestruturado", trabalha na linha de Ogum, apontando o caminho das almas penosas e perdidas.Habita os velórios, onde comanda toda a falange de livramento dos sofredores.

Vagando pelo plano espiritual terrestre, lembrou-se daquele fato de quando encarnado, referente a pobre menina...investigando, adentrou a casa da falecida, que aos seus olhos, pôde observar uma família sendo pesadamente alvo de espíritos umbralinos, a casa tinha a aparência mofada, escura ao seus olhos, sentiu-se mal, e saiu... toda sua força e sua falange de espíritos de luz, sobre a casa, emanaram luzes e orações...ao sair,  cruzou com a mãe que corriqueiramente conversava com uma outra mulher, contando o motivo da morte de sua filha.

Ela foi possuída pelo demônio e morreu em um exorcismo.



Sr. Marabá, foi possivelmente possuído em vida.Foi possivelmente obsediado.Pagou pelos erros, e assim, foi elevado a um grande grau de evolução e assim, virou o grande guardião e trabalhador que é.

Laroiê Sr. Marabá





quinta-feira, 7 de junho de 2012

LAROIÊ SR. GARGALHADA


Exu Gargalhada ( Cobal ) exu que mora nos bares, nas ruas, nos bordéis, nas casas de jogos e nos lares.Gargalhar pelo certo, é a sua linha, porém, gosta de levar os malfeitores que com a desgraça, esbórnia ,sofrimento alheio à loucura.Dizem que boa parte dos “loucos” internados em hospitais psiquiátricos, tem o seu dedo.Rosto com forma de chacal, com dentes grandes.Sua calda é fina e comprida.

Desde os primórdios, antes mesmo que Cristo tivesse nascido, já havia o germe da safadeza no mundo. Os primeiros indícios foram encontrados num rapazinho chamado Cobal, obra de um senhor conhecido como conquistador e bebum, lá pros lados da Grécia. Esse rapaz era verdadeiramente um parasita, um sanguessuga, um oportunista a espera de algum inocente desavisado.Alguns séculos mais tarde, foi encontrado um outro ser (encarnação), aquele tipo conhecido como pícaro, o malandro daqueles tempos. Na França, do século XVII, na corte do rei Luis XIV, surgiu um tipo mais evoluído daquela espécie grega. Não apenas um aproveitador, mas sobretudo um hipócrita, um farsante, o mais engenhoso dos safados. E, por fim, já no século XX, soubemos de uma criaturura chamada Gargalhada, vinda do fundo vielas,becos,ruas,botequins,etc, brasileiras, que no fundo não é tão má nem tão boa, é apenas Exu
Criado por prostitutas, fez-se um grande conhecedor dos macetes das ruas.Cresceu em meio a tudo aquilo que se referia a malandragem, boemia e sorrisos...na mesa do botequim, cantava e paparicava todas as moças, divertia-se com os causos de infidelidade, perdas de dinheiro em jogos...e a maioria era causada por ele... apaixonou-se por uma bela dama que as minimas dava a ele.Desesperado, engressou num desesperado plano e tentou tomar a moça a força.Morreu em meio aos paralelepípedos da rua, com uma tesoura atravessada na garganta e a barriga aberta por uma navalha.

Vagou pelas ruas, formou gangues, e por fim, com toda ajuda,destreza e malandragem, foi resgatado pela falage de zé pilintra e foi posto a sua fase de evolução.
Mais tarde, foi devolvido as ruas, com a imcubência da justiça e zelagem.
Quem gargalha muito, chora mais tarde..... essa é a frase de seu GARGALHADA

LAROIÊ SR. GARGALHADA

LAROIÊ SR. EXU DA MEIA NOITE


Exu Meia Noite (Hael) - especialista nas forças ocultas, decifrador de quaisquer idiomas ou letras, apresenta-se de capa preta e seus inconfundíveis olhos de fogo e pés de cabra. Seu horário é a meia-noite daí seu nome, neste momento, não se encerram as seções nos terreiros, pois Hael está de ronda. Dizem que São Cipriano aprendeu de Hael tudo que sabia em relação à Alta Magia, (Livro da Capa Preta). Lidera também sete Exus: Mirim, Pimenta, Malé, Sete Montanhas, Ganga, Kaminaloá e Quirombô. Comanda ainda o Exú Curadô (Meramael).


UM RICO BARÃO QUE SE ENVOLVE COM UMA JOVEM VIRGEM, LEVANDO-A AO CASAMENTO E NA NOITE DE NÚPCIAS NÃO PERCEBE SANGUE NO DEFLORAMENTO DA ESPOSA, CONCLUINDO ERRONEAMENTE, QUE ESTA NÃO ERA MAIS VIRGEM.
SENTE-SE TRAIDO E ARQUITETA UM PLANO DIABÓLICO COM UM JOVEM ESCRAVO, DE MODO QUE SUA MULHER SEJA SURPREENDIDA EM SEU QUARTO COM O NEGRO E PERANTE AMIGOS REUNIDOS NA CASA, MATA O ESCRAVO EXPULSANDO A ESPOSA INOCENTE, SOMENTE COM A ROUPA DO CORPO.
O BARÃO MORRE, MAS CONTINUA SENTINDO TODAS AS SENSAÇÕES DA MATÉRIA, VICIOS, USOS E COSTUMES, IMPRESSIONADO PELA ALTO CULPA E LEVANDO IMPREGNADO NA MENTE, TODOS OS DELITOS PRATICADOS EM VIDA.
INCLUSIVE, DENTRO DO CAIXÃO, PELO APEGO AOS RUDIMENTOS MATERIAIS E IGNORÂNCIA DA VIDA ESPIRITUAL, PERCEBE OS VERMES E OS RATOS CORROEREM SUAS ENTRANHAS SEM PODER SE LIVRAR DA SITUAÇÃO.
O DESESPERO CONSTANTE JUNTO AS FIGURAS HORROROSAS, ATRAÍDAS PELA FAIXA VIBRATÓRIA DECADENTE O APAVORA CADA VEZ MAIS, ATÉ QUE UM SER ESQUELÉTICO NUMA CAPA PRETA VEM LHE FAZER UMA PROPOSTA.
SEM SAÍDA, ACEITA QUALQUER ACORDO, DESDE QUE SAIA DAQUELE LUGAR E INICIA UMA NOVA ETAPA DE ESCRAVO DAS FORÇAS DO MAL, TENDO QUE CUMPRIR AS ORDENS ABSURDAS DAQUELES QUE DORAVANTE SERIAM DONOS DO SEU DESTINO.

A história completa, foi traduzida para o Livro " O Guardião da Meia Noite", fascinante e agrega um grande aprendizado.Deste poderoso Exu.


Laroiê Sr, Meia Noite !!!!!!!!!!!

terça-feira, 5 de junho de 2012

LAROIÊ SR MARABÔ !!!!



Exu Marabô - (Put Satanakia ) –. É determinado a esse Exú, a fiscalização do plano físico, distribuindo ordens aos seus comandados. Apresenta-se como um autêntico cavalheiro, dominando o francês, apreciando bebidas finas e os melhores charutos. Educado e calmo aconselha e determina as tarefas das  falanges das matas a atuarem em formações de atendimento imediato.



Exu Marabô está em terra. Os poucos filhos que acompanham aquele terreiro vibram com sua presença. Na assistência algumas pessoas ansiosas aguardam para serem atendidas. O Exú ri, dança, bebe desenfreadamente.
Atende uma filha da casa recém-casada. Fala para a filha tomar cuidado com o marido, pois ele vai traí-la em breve. A moça desespera-se. Ele então passa uma longa lista para realizar o trabalho salvador. Sabe que já plantou a semente irreversível da desconfiança no jovem casal. Na assistência um pequeno empresário aguarda atendimento. O Exú diz que a firma não falirá, para isso precisa de vultuosa quantia em dinheiro para trabalho urgente. Chega a vez de uma médium, filha de outro terreiro, que visita pela primeira vez a casa. Mais uma vez o compadre não se faz de rogado. Diz para a pequena sair do terreiro que freqüenta, pois segundo ele a mãe de santo não entende nada sobre Umbanda. E assim ele vai plantando a discórdia, a desunião, a dor.
Sempre que pode humilha publicamente os filhos da casa.
Os dias passam sem novidades.
O que ninguém ali imagina é que por trás daquela entidade que se diz chamar Marabô, está escondido um enorme quiúmba. Aproveitando-se do fato do tal pai de santo ser pessoa leiga, gananciosa e totalmente despreparado, ele domina o mental do incauto médium. Diverte-se com a angústia dos outros. Sempre que pode põe o pai de santo em enrascadas (cheques sem fundos, golpes que são descobertos constantemente, brigas e desunião em família). E o pai de santo não tem escrúpulos algum em usar o nome de um grande e respeitado Exú de Lei. Ao contrário, fica feliz em saber que aos poucos vai minando a credibilidade do verdadeiro Marabô. O Exú raciocina que o dia em que as trapalhadas colocarão tudo a perder e ele simplesmente abandonará o falso pai de santo à própria sorte. Não será o primeiro nem o último que ele abandonará. Afinal pensa o quiúmba, não fora ele que médium ainda novo, desenvolvendo, resolveu mistificar para dar uma abreviada no processo mediúnico de desenvolvimento? Não fora também por conta própria que o médium abandonara o terreiro de sua mãe de santo, sem ter preparo algum? Sem falar que enquanto esteve lá, desrespeitava os ensinamentos da casa, zombava dos irmãos de santo, dava golpes em tantos médiuns que muitos pediram até sua expulsão da casa? Pois então fora ele mesmo que atraiu o quiúmba e sendo assim essa sociedade duraria até quando fosse possível.
O ser do umbral ganhando energia negativa, achincalhando Marabô, e o falso pai de santo ganhando dinheiro. O quiúmba também aproveitava para trazer em terra seus falangeiros, que se aproveitam dos médiuns titubeantes da casa.
Hoje é dia de gira, no atabaque o atabaqueiro já está devidamente bêbado e sob influência dos asseclas do quiúmba. As filhas e filhos da casa cegos em sua fé e sob forte energia maléfica, são capazes de aceitar qualquer loucura ali realizadas. O falso Marabô está feliz, já olhou a assistência antes de incorporar.
Notou algumas pessoas que não lhe despertaram interesse.
Algumas mulheres velhas e sem dinheiro, um homem que também não traz dinheiro algum. Vai se divertir com eles. Pronto já está em terra!
Atende a assistência como de costume, diverte-se com as angústias, os medos, as dores daquelas pobres almas.
Chega a vez do homem que estava na assistência, ele adentra de maneira lenta. O quiúmba não lhe dá a mínima atenção.
Um erro fatal.
Pois assim que o homem fica frente a frente com o ser do umbral algo inusitado acontece: o homem incorpora, solta uma gargalhada jovial e desafiadora. Alguns médiuns do terreiro que mistificavam ou recebiam alguns asseclas do quiúmba “desincorporam” convenientemente.
O atabaqueiro de tão bêbado, acaba por cair ao lado do tambor.
A assistência não entende o que se passa.
O quiúmba entende, mas para ele é tarde demais.
Por estar incorporado ele não tem tanta desenvoltura como gostaria nesse momento crucial. Está só, já que os covardes que o seguiam fugiram dali.
Um verdadeiro Marabô está ali diante dele e avança em sua direção.
No congá as velas começam a queimar a cortina que protege o altar.
Na cafua a pinga aquecida pelas velas também se incendeia.
A assistência percebe que algo muito errado está acontecendo e fogem todos.
Antes o verdadeiro Marabô se vira para eles e mostra o quanto foram tolos em se deixar enganar. Fala que devem procurar ajuda, mas em terreiros sérios aonde se pratica a caridade, o amor e a união. Mostra o quanto foram usados.
O quiúmba protesta, mas é inútil, a máscara já caiu.
Marabô não está só, sua falange e muitos Exús de Lei estão adentrando no falso terreiro.
O quiúmba é capturado e levado para o Reino de Exú, onde pagará caro pela insolência.
O falso pai de santo está entregue a própria sorte.
As chamas consomem o terreiro velozmente.
Ao chegar as primeiras viaturas do Corpo de Bombeiro o oficial de plantão presencia uma cena que jamais esquecerá: no meio das chamas o pai de santo é tragado pelo fogo e desencarna diante dos olhos do atônito bombeiro.
Uma risada se faz ouvir. Marabô gargalha satisfeito do outro lado. Apesar das chamas o bombeiro sente um frio que lhe percorre a espinha. O terreiro e o "pai de santo" viram cinzas.
Justiça foi feita.


Laroiê Sr. Tatá Caveira



Exu Tatá Caveira (Próculo) - é um dos Maiorais da Linha de Cemitério. Apresenta-se astralmente sob a forma de uma caveira, tal como o seu chefe direto. Veste uma capa preta que o reveste quase integralmente, ficando apenas os pés, mãos e cabeça descoberta.Trabalha para Omulu e cuida dos domínios da terra da calunga pequena.É o responsável pela magia dentro do cemitério.


Antes de ser uma entidade, Tatá Caveira viveu na terra física, assim como todos nós. Acreditamos que nasceu em 670 D.C., e viveu até dezembro de 698, no Egito, ou de acordo com a própria entidade, "Na minha terra sagrada, na beira do Grande Rio".

Seu nome era Próculo, de origem Romana, dado em homenagem ao chefe da Guarda Romana naquela época.

Próculo vivia em uma aldeia, fazendo parte de uma família bastante humilde. Durante toda sua vida, batalhou para crescer e acumular riquezas, principalmente na forma de cabras, camelos e terras. Naquela época, para ter uma mulher era necessário comprá-la do pai ou responsável, e esta era a motivação que levou Próculo a batalhar tanto pelo crescimento financeiro.

Próculo viveu de fato uma grande paixão por uma moça que fora criada junto com ele desde pequeno, como uma amiga. Porém, sua cautela o fez acumular muita riqueza, pois não queria correr o risco de ver seu desejo de união recusado pelo pai da moça.

O destino pregou uma peça amarga em Próculo, pois seu irmão de sangue, sabendo da intenção que Próculo tinha com relação à moça, foi peça chave de uma traição muito grave. Justamente quando Próculo conseguiu adquirir mais da metade da aldeia onde viviam, estando assim seguro que ninguém poderia oferecer maior quantia pela moça, foi apunhalado pelas costas pelo seu próprio irmão, que comprou-a horas antes. De fato, a moça foi comprada na noite anterior à manhã que Próculo intencionava concretizar seu pedido.

Ao saber do ocorrido, Próculo ficou extremamente magoado com seu irmão, porém o respeitou pelo fato ser sangue do seu sangue. Seu irmão, apesar de mais velho, era muito invejoso e não possuía nem metade da riqueza que Próculo havia acumulado.



A aldeia de Próculo era rica e próspera, e isto trazia muita inveja a aldeias vizinhas. Certo dia, uma aldeia próxima, muito maior em habitantes, porém com menos riquezas, por ser afastada do Rio Nilo, começou a ter sua atenção voltada para a aldeia de Próculo.

Uma guerra teve início. A aldeia de Próculo foi invadida repentinamente, e pegou todos os habitantes de surpresa. Estando em inferioridade numérica, foram todos mortos, restando somente 49 pessoas.

Estes 49 sobreviventes, revoltados, se uniram e partiram para a vingança, invadindo a aldeia inimiga, onde estavam mulheres e crianças. Muitas pessoas inocentes foram mortas neste ato de raiva e ódio. No entanto, devido à inferioridade numérica, logo todos foram cercados e capturados.

Próculo, assim como seus companheiros, foi queimado vivo. No entanto, a dor maior que Próculo sentiu "não foi a do fogo, mas a do coração", pela traição que sofreu do próprio irmão, que agora queimava ao seu lado.

Esta foi a origem dos 49 exus da linha de Caveira, constituída por todos os homens e mulheres que naquele dia desencarnaram.
Entre os exus da linha de Caveira, existem: Tatá Caveira, João Caveira, Caveirinha, Rosa Caveira, Dr. Caveira (7 Caveiras), Quebra-Osso, entre muitos outros. Por motivo de respeito, não será indicado aqui qual exu da linha de Caveira foi o irmão de Tatá enquanto vivo.





Como entidade, o Chefe-de-falange Tatá Caveira é muito incompreendido, e tem poucos cavalos. São raros os médiuns que o incorporam, pois tem fama de bravo e rabugento. No entanto, diversos médiuns incorporam exus de sua falange.

Tatá é brincalhão, ao mesmo tempo sério e austero. Quando fala algo, o faz com firmeza e nunca na dúvida. Tem temperamento inconstante, se apresentando ora alegre, ora nervoso, ora calmo, ora apressado, por isso é dado por muitos como louco.

No entanto, Tatá Caveira é extremamente leal e amigo, sendo até um pouco ciumento. Fidelidade é uma de suas características mais marcantes, por isso mesmo Tatá não perdoa traição e valoriza muito a amizade verdadeira. Considera a pior das traições a traição de um amigo.

Em muitas literaturas é criticado, e são as poucas as pessoas que têm a oportunidade de conhecer a fundo Tatá Chefe-de-falange. O cavalo demora a adquirir confiança e intimidade com este exu, pois é posto a prova o tempo todo.

No entanto, uma vez amigo de Tatá Caveira, tem-se um amigo para o resto da vida. Nesta e em outras evoluções.

LAROIÊ EXU DOS RIOS



Exú dos Rios - (Nesbiros) - companheiro de Veludo, domina as margens dos rios e é confundido com um Caboclo de Penas, porém, usa vestimentas de penas negras e apresentando também, chifre. Comanda a Linha Mixta da Quimbanda .
Viveu em Uganda.
Filho de um explorador com uma nativa, cresceu e viveu junto com a tribo.Aprendendo toda cultura, ritos e crendices.Grande pescador, trabalhador braçal e guerreiro foi capturado e vendido para mercadores que o transportavam em navios negreiros para todo o mundo.Em um país tropical de densa floresta, foi trabalhador em grandes fazendas, mineiro e no garimpo trabalhou pela ultima vez.
Nunca teve envolvimento algum com pessoas, por vezes era doado a outros senhores, por dizerem que era mudo.Envolveu-se em um agrave acidente que o deixou moco e assim foi dispensado das suas atividades de trabalho,moradia e a floresta foi sua morada, tendo como companhia, a mesma solidão.
Vagando em busca de um bom lugar para ali ser sua morada, estabeleceu-se em um vale, onde os campos eram mais abertos, margeados por um largo rio. Vida natural abundante, vivia do plantio, caça e pesca.Na margem do rio, foi atacado por uma serpente, que dias mais tarde, vitimou seu braço esquerdo, invalidando completamente aquele membro. Debilitado, passou a acostumar-se com mais esta dificuldade e assim corria a vida.Numa noite de lua grande e clara, foi arrancado de seu sono, aos sons de tambores que furiosamente rasgavam o silêncio. A espreita pode observar um ritual que acontecia, quando de repente,foi agarrado e arrastado por dois homens que o levaram até o local.Posto ao centro da roda, um grande homem, transvestido com  capa, chapéu, um grande cocar de penas pretas e verdes, postou-se a sua frente gargalhando e cuspindo em seu rosto.Envolto pelo som, cheiro e palmas, sentia a cabeça pesar, mas percebeu o momento que a lâmina de uma faca rasgou sua garganta.A profunda dor, o fez aos poucos ir perdendo os sentidos, mas podia sentir pessoas,coisas e seres, sugando seu sangue, desfaleceu.
Tontura, um ardume nas pernas, e um cheiro horrível o fez despertar, aos pouco recobrando seus sentidos, percebeu a margem daquele seu grande rio, estava com as pernas e braços amarrados em um tronco, em meio suas pernas, grandes recipientes com comidas, bebidas,fumo e uma porção de animais mortos, decapitados, desfigurados.Sentado em um grande pano vermelho, estava com um grande corte no pescoço.Tinha pregos fincados pelo corpo e um buraco aberto no alto de sua cabeça.Sem forças, sem nada.Aos poucos, animais se aproximavam, aves de rapina pousavam de hora em hora, alimentava-se dos animais a sua volta e partiam.Sua hora chegou e no leito do rio, foi aos poucos sendo devorado.Sentiu perder os olhos, dedos,lábios até que sem resistir mais morreu.
Recobrando sua consciência momentos mais tarde, percebeu, embora que confuso, seus restos mortais, amarrado em uma árvore com velas e oferendas a sua volta, ainda presenciou alguns outros animais, abocanharem seus membros e adentrarem a floresta.Sem precisar tempo, horas, dias, semanas, ali ficou, sem ação, sem nada.
Percebia sua situação embora não entendesse, até que em mais uma noite de grande lua, familiarizou-se com os tambores novamente postos a romper o silêncio.Observou talvez, centenas de pessoas que um compasso ritmado, palmavam e celebravam algo.Reconheceu dois dos capangas que o arrastaram.Ali aguardava e curiosamente acompanhava tudo que se passava. Quando novamente uma pessoa que aos gritos de horror, ao centro da roda era posta a frente com aquele assombroso e assustador homem.Observara a dança, as palmas e bebericações, quando sentiu que alguém se aproximara, o ódio tomou o seu peito e partiu em direção aquela celebração desconhecida. Ao chegar, percebeu que não era visto e assim entre as pessoas, assistia  espantado tudo que acontecia . Tomado de raiva, invade o centro da roda, sua aparência e cheiro, pôde ser “notada” por algumas pessoas que horrorizadas, gritavam e  se afastavam da roda, o pânico começou a tomar conta de todos, ao avistar um dos capangas, pulou em seu pescoço, segurando-o com força, a intenção era arrancar-lhe a cabeça, mas percebera que o homem entrara em transe e tudo o que pensava e ou fazia, sua nova ferramenta o mesmo imitava.Pronto, entendeu o que acontecia e tomado de fúria, vingou-se do primeiro.Correu em direção ao segundo capanga... pessoas que invidentemente nada sabiam ou percebiam, com desespero observavam aquele trabalhador que horas antes estava entre eles, agora estava possuído... com a mesma faca que lhe cortaram a garganta, manipulou o capanga a pegá-la e mecanicamente afundava a lâmina até o cabo...Os “convidados” correram...poucos permaneceram, tentando acudir o ferido e outros parar o indivíduo.Frente a frente com o responsável por tudo aquilo, que, também mostrava-se assustado, sem pensar, aplicou um golpe em seu peito...ajoelhou com a faca enterrada no peito e assim ficou...e morreu.
Observando o desencarne, notou que na mesma proporção que aquele espírito se despregava da carne, algo diferente se formava atrás do corpo ajoelhado e em gigantescas proporções, uma criatura estava ali.De aparência dantesca, potencializava tudo que fosse pavoroso.Grandes garras, rabo, asas e grandes músculos...olhos vermelhos, pés de animal, gargalhou pesadamente...nesta hora um grande trovão rompeu o céu...um vendaval, varria tudo que ali estava e as poucas pessoas que ainda sobrara, corriam desesperadamente dali...o  homem, perplexo, solta a garganta daquele súdito que cai morto ao chão, frente a frente com aquele ser gigante, percebe que centenas e talvez milhares de outros seres dele se aproximava.Alguns como ele, em estado lastimável, outros, com formas diferentes, pôde observar que a aparência de alguns, assemelhava-se hora com esqueletos, ora com animais...Cercado, podia sentir o ódio generalizado e sentia todas as vibrações.Sim, estava prestes a sofrer mais uma vez, um ataque e provável morte, só que desta vez no plano espiritual, pensou ele.
Rouca, grossa, uma voz sai do ser que está a sua frente:

- Como  ousa, destruir o meu melhor manipule? Como ousa acabar com a minha gira? Como ousa afastar meus súditos encarnados e por em xeque o meu comando? Pagará caro...sofrerá eternamente...Com um grande cajado levantou o braço, convidando todos os seus empregados a emanarem em direção ao homem, forças das trevas...A dor, entrou em sua alma...ouvia gritos, sentia novamente cada acontecimento de dor que passou em vida... via uma mulher ser tomada as forças por um homem de outras terras, via a mulher perambular sozinha com uma imensa barriga, via seu abandono, crescendo entre animais e a tribo...revivera tudo e assim ia definhando...sentia-se encolher... caiu de joelhos e levando suas mãos ao chão, pediu ajuda...pediu que, se existisse alguma força tão grande como aquela, que era capaz de acabar com tudo, deveria existir alguma contrária...
Envolto em luz negra, quase aos pés da criatura, sentiu amenizar aquela força que parecia o esmagar...diminuindo até sumir...Todos se entreolharam... algo aconteceu...a criatura com os olhos arregalados deixou escapar um desapontado “não pode ser”...neste momento, uma gargalhada ecoou  na noite e um novo ser apareceu ao centro, ao lado do pobre homem..Era imensamente grande, com grandes músculos e capa.Portava uma grande espada embaiada e braceletes com lâminas nas pontas.Aparência de um homem com grande cicatriz  que atravessava  em um dos olhos até o meio da face.Fraco, apenas pôde apoiar-se sobre os joelhos e inclinar-se ao guerreiro...Este em pé, frente com a criatura, disse:


- O que está acontecendo?
- Vou acabar com este maltrapilho que destruiu tudo que conquistei – esbravejou a criatura..


- E tu? Não fizeras nada com ele?Ora desertor, renegou o reino do bem para viver de oferendas e perturbações a  encarnados e seres perdidos? E levantando as mãos num movimento circular com os braços, fez todo aquele exército se esfarelar como pó.Voltando a criatura, empunhou sua espada que brilhava como a lua e golpeou, fazendo uma fenda em seu corpo, onde por ali, vazava todo o mal e essência trevosa que habitava aquele ser.Assim foi minguando, até cair como um saco murcho ao chão.
Voltou-se ao homem, que ao chão acompanhava todo o acontecimento e disse:

- Vim buscá-lo! Vim convidá-lo...se quiseres, pode me acompanhar, será um soldado meu e caminharemos na linha do bem.Livraremos as pessoas das trevas e vingaremos sempre, a controversa força que o mal fez a ti.


 - Aceito...só quero parar de sofrer...só quero voltar a ser trabalhador...seja qual for.Sinto-me bem com sua presença e sei que estás longe de ser igual aquela criatura.Quem é vc, qual o seu nome?


 - Me chame de Exu Veludo.
E apanhando o homem no colo, sumiu para iniciar os tratamentos necessários.


Foi dado ao homem, o domínio dos rios, das matas e hoje trabalha nos caminhos e trilhas onde as forças trevosas possam penetrar. Membro da falange de Sagathana, o evocam como Exu dos Rios (Nesbiro) e sua magia e força, pode vir e ser do animal, vegetal, mineral, que quiser utilizar.



Laroiê Exu dos Rios !!!