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quinta-feira, 14 de abril de 2016


ORAÇÃO DO UMBANDISTA 





Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa comunicação... 

Onde tantos mistificam, Que eu leve a palavra da verdade! 

Onde tantos procuram ser servidos, Que eu leve a alegria de servir! 

Onde tantos fecham os olhos para a prática do bem, Que eu abra meu coração para acolher! 

Onde tantos usam a Umbanda como comércio, Que eu seja usado pela Umbanda para o amor ! 

Onde tantos espalham a ignorância e o preconceito, Que eu saiba agir pela luz do conhecimento e da razão! 

Onde a vida perdeu o sentido, Que através da Umbanda eu leve o sentido de viver!

Onde tantos me pedem um "despacho", Que eu saiba ensinar a benção do trabalho interno! 

Onde haja doença, que eu leve a vibração de saúde de Oxosse 

Onde haja desespero que eu leve a concórdia e a placidez das Águas. 

Onde houver desânimo, que eu leve a determinação e tenacidade de Ogum. 

Onde houver injustiça, que eu leve o discernimento e a justiça de Xangô. 

Onde tantos me pedem um milagre, Que eu seja a humildade do preto velho! 

Onde tantos estão sempre distantes, Que eu possa fazer a Umbanda sempre presente! 

Onde tantos sofrem de solidão que faz morrer, Que eu seja a pureza de Ibejada, espalhando sempre a alegria! 

Onde tantos morrem na matéria que passa, Que o Mestre Omulu me abençoe com a vibração da terra, geradora permanente de vida. 

Onde tantos olham para a terra, Que eu seja um espelho de Aruanda, a refletir sempre sua luz na terra! 

Saravá Umbanda! 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Você Sabia??




EXPRESSÕES USADAS NA UMBANDA.

Entenda o significado de algumas palavras que fazem parte do vocabulário das entidades de umbanda.

Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual. Por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações. Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.

Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão.

Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para vir ao terreiro trabalhar.

Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes.

Porteira: Entrada do templo.

Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não.

Firmar: Concentrar-se para a incorporação

Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada somente para a linha de caboclo.

Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais. Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.

Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.

Cazuá: Terreiro, Templo, Local.

Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.

Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.

Descer: Ato de orixá ou entidade incorporar.

Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades.

Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades ? guias, os restos de oferendas.

Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.

Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada.

Oferenda a exu com finalidade de desfazer trabalhos maléficos. Fundamentos: Leis de umbanda, suas crenças.

Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.

Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.

Entidades: Seres espirituais na umbanda.

Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, superior e puro.

Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado à matéria. Baixar: possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.

Banda: Lugar de origem de entidade.

Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium. Calunga Grande: Mar; oceano.

Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo ? morrer.

Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.

Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito, nas costas, na palma das mãos e na sola do pés.

Calunga Pequena: Cemitério.

Dar Passagem: Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.

Dar passes: Até da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos clientes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. E que abrem os caminhos.

Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.

Engira: O mesmo que gira trabalho sessão.

Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades ? guias, os restos de oferendas.

Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.

Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.

Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.

Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.

Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficas

Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada

Fundanga: Pólvora.

Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium.

Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus.

Perna de calça: Homem na linguagem dos pretos velhos e exus.

Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.

Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.

Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã, em seguida acompanhado pelos médiuns.

Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço seja para o bem ou para o mal.

Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc.

Abó - banho de odor desagradável, em cuja composição entram várias ervas.

Amací - banho de ervas, feito para lavar a cabeça.

Amalá - comida que se dá aos Orixás.

Atabaque - tambor usado para acentuar o ritmo dos pontos.

Cambone ou cambono - auxiliar ou assistente do Orixá.

Carregado - cheio de maus fluídos.

Ebó - presente, oferenda.

Filho de santo - médium com batismo na Umbanda, com o Guia Identificado.

Guia - protetor do médium; colar de contas, pedra ou metal.

Mãe ou Pai pequeno - auxiliar imediata da Mãe ou Pai de Santo.

Mãe de Santo - mulher dirigente do terreiro, ou médium coroada.

Marafa ou marafo - aguardente, qualquer tipo de bebida alcoólica.Patuá - talismã usado para dar sorte ou proteção.

Pemba - giz especial com que se riscam os pontos.

Saravá - cumprimento comum e geral na Umbanda, o mesmo que salve

Toco - vela, charuto, cigarro, banco.

Sincretismo.

A questão do sincretismo é um tanto complicada, quando lembramos os fatos Históricos:

è sabido que os africanos só poderiam cultuar seus Deuses em paz se os disfarçassem com as imagens dos Santos Católicos , o problema é que até hoje muitas pessoas imaginam que os nomes dos orixás são o mesmo dos Santos da linha nagô.

A Pemba e seus fundamentos

MAGIA DE PEMBA NA UMBANDA ''FUNDAMENTOS''



A Magia da Pemba usada na Umbanda está fundamentada no mistério das vibrações divinas irradiadas continuamente para toda a Criação pelos Orixás, sendo que cada uma das vibrações emitidas por Eles traz em si um poder de realização que faz acontecer todo um trabalho, após ser riscada de forma simbólica pelos Guias. Isso porque cada vibração emitida por um Orixá realiza uma função e um trabalho específico e o conjunto das vibrações de um único Orixá constitui a sua Magia de Pemba específica.
Sabendo disso, e se particularizarmos a simbologia mágica usada pelos Guias, então veremos que existe uma Magia de Pemba para Ogum, outra para Xangô, outra para Oxalá e assim por diante. Mas, devido ao fato de não conhecermos todas as vibrações de um Orixá, então não temos condições de trazer para o plano material todo o conjunto de todos os seus símbolos mágicos, criando assim um formulário simbólico especifico só dele.
Esse conhecimento existe nos níveis mais elevados da Criação, mas ainda não está aberto para nós aqui na Terra, o que nos limita apenas a um determinado número de vibrações, de símbolos e signos formados por elas e, mesmo assim, sem a indicação de suas funções e dos trabalhos que realizam após serem riscados pelos Guias, fato este que não concede a nenhum umbandista a distinção de profundo conhecedor da Magia riscada de Umbanda, até porque ela transcende nossa capacidade intelectual.
O que temos são algumas informações e que já são suficientes para que, mesmo não sabendo todos os trabalhos que estão sendo realizados por determinado ponto riscado, no entanto saibamos que está trabalhando positivamente.  E isso acontece exatamente porque, desde o momento em que o Guia risca
em seu ponto um determinado símbolo ou um signo, o mesmo pertence a uma determinada onda vibratória, que o ativa imediatamente e se forma um campo de trabalho que realizará as ações por si só, sem precisar de mais nada além do direcionamento dado a ele pelo próprio Guia.
OBSERVAÇÃO
Um Orixá realiza simultaneamente milhares de funções na Criação, sendo que cada uma destas funções é irradiada de uma forma e cria telas vibratórias do tamanho da Criação divina, que é infinita.  O conjunto de vibrações de um Orixá, com funções bem definidas, forma o que é denominado “o axé ele”, porque esse conjunto de vibrações tanto conduz o poder de realização de um Orixá, quanto transporta a energia original e única emanada por Olorum, mas em “comprimentos de onda específicos”.  A mesma energia em um comprimento de onda é classificada como aquática, já em outro comprimento e onda ela é classificada como ígnea, em outro como eólica, em outra é classificada como vegetal, e assim por diante.
Devemos lembrar sempre que, em Olorum, só existe uma única energia, mas que, dependendo dos comprimentos das ondas através das quais ela é irradiada pelos Orixás, a mesma energia original assume funções diferentes e, quando os signos ou símbolos são riscados, eles as trazem para o lado material da Criação, as elementarizam, tanto no pó mineral utilizado na fabricação das pembas, quanto nas chamas das velas e nos demais elementos colocados dentro do ponto riscado, dando à energia original e única emitida por Olorum novas formas de atuação em benefício das pessoas necessitadas.
A energia original e única emitida por Olorum é captada pelos mentais dos Orixás e, a partir deles, ela é irradiada em todos os comprimentos de ondas existentes, que são tantos, que até hoje nem nos planos espirituais mais elevados foi possível identificar e classificar todas as vibrações mentais emitidas por um único Orixá.  Então, agora, sabendo que o AXÉ de um Orixá é formado pelo conjunto de funções exercidas simultaneamente por Ele e que essas funções são realizadas na Criação através de suas vibrações mentais e que através delas flui continuamente a energia original, viva e divina emitida por Olorum, que, devido os comprimentos de ondas serem diferentes e a mesma energia realizar trabalhos diferentes, então a Magia da Pemba usada pelos Guias está fundamentada nos Orixás, que são seus irradiadores para toda a Criação e para tudo e todos que nela vivem e evoluem.
Portanto, o ponto riscado de Umbanda vibra em acordo com Olorum, com os Orixás e com toda a Criação, tornando-o um ponto de forças extremamente realizador, controlado e direcionado pelos Guias que o riscam.  Justamente por isso, o ponto riscado por um Guia deve ser olhado com respeito, porque através dos símbolos e signos inscritos nele está fluindo o poder de Olorum irradiado através dos Orixás, que, por meio deles, têm uma forma de auxiliar as pessoas e até os espíritos necessitados de auxílio que chegarem diante do Guia que o riscou.
Então que fique claro e entendido para todos que o poder divino chega até nós através de muitos meios, e os Guias de Umbanda, por conhecerem vários desses meios, se servem dos mais fáceis de serem utilizados, e que, entre eles, se encontra a Magia do Ponto Riscado de Umbanda.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Força Baiana, Força Africana....


Eu vim lá do terreiro, terreiro de Bom Jesus...

Quem não gosta de uma boa gira de Baianos?

Eita povo bom de prosa, energia e muitos e muitos “causos” para contar... 

Pois saiba você, que tudo que tu sente e não fala, Baiano sabe! Baiano sente! Baiano ajuda! 

Baiano ouve teu coração, ouve tua alma e sabe da tua aflição! 

A força vem de ti, do teu coração.... Quem disse que tu não tem força? Quem disse que tu não tem luz? Olha que muita coisa acontece, por que tua fé está mais abalada que coco maduro na ventania da praia! Num é?

Sinta a energia de uma boa prosa, de uma boa dança e de uma cantoria cheia de muito axé! Axé que vem do “gingado” de uma saia rodada de uma baiana! Oxi ... e por que não??? 

Ela roda, roda, roda, para toda a mandinga tirar... para todo mau olhado afastar! É só tu acreditar!

“Quem não viu baiano bom, corre venha ver agora!!!!” Oxente!!! Corre pra ver!!! Perca tempo não! 

Dizem que baiano é um povo devagar... Oxi.. e é! Ando devagar mesmo... Pra que ter pressa? 

Garanto que chego no mesmo lugar que tu... e sem ficar cansado! Ainda aproveito pra ver as coisas boas que tem pelo caminho, que eu garanto que tu não ? Né não? 

Por isso, digo pra tu... Não tenha pressa, não tenha raiva, não tenha medo. Tudo que é teu dá um jeito de chegar até tu.... então, abra a porta do teu coração e espere... 

Se tu não acredita é por que tá com o coração fechado! Bora abrir! 

Sou do povo sofrido, do pé descalço, dos calos nas mãos... mas nunca derrotado e nunca esquecido!

Que tua vida seja cheia de Axé e que Nosso Senhor do Bonfim, proteja tu e os teus!!! Bora ser feliz!

É da Bahia, Meu Pai!