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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Para refletir...




O céu e a terra fundiam-se no horizonte distante, parecendo uma coisa só, como se não houvesse separação entre o mundo espiritual e o material, a consciência individual e a cósmica. 

Sentado sobre uma pedra em uma enorme montanha, de cabeça baixa e olhos apenas entreabertos, Exu observava o fenômeno da natureza e refletia sobre o seu interminável trabalho.

_Como é difícil a humanidade - pensou em certo momento - parece nunca estar satisfeita, está sempre querendo mais e, em sua essência egoísta desarmoniza tudo, tudo... Tudo que era para ser tão simples acaba tão complicado.

Com os olhos habituados a enxergar na escuridão e na distância, Exu observou cada canto daqueles arredores. Viu pessoas destruindo a si mesmas através de vícios variados, viu maldades premeditadas e outras praticadas como se fossem atos da mais perfeita normalidade. Viu injustiças, principalmente contra os mais fracos e indefesos. Com seus ouvidos, também atentos a tudo, ouviu mentiras, palavras de maledicência, gritos de ódio e sussurros de traição.

Exu suspirou.
_Serei eu o diabo da humanidade? - pensou ironicamente, ao lembrar o quanto era associado à figura do demônio. Passou horas observando coisas que estava habituado a ver to
dos os dias: mentiras, fraudes, corrupção, traições, inveja, e uma gama enorme de sentimentos negativos.

Foi quando estava imerso nesses pensamentos que Exu ouviu uma voz ao seu lado, dizendo naquele tom austero, porém complacente:

_Laroyê, Senhor Falante.
Exu ergueu os olhos e vislumbrou a figura altiva de Oxalá.

_Èpa Bàbá - respondeu Exu, fazendo um pequeno movimento com a cabeça, em sinal de respeito.

_Noto que está pensativo, amigo Exu - falou Oxalá.

Exu respirou fundo, contemplou novamente o horizonte e respondeu:

_Trabalhamos tanto... e incansavelmente, mas os homens parecem não valorizar nosso esforço.

Oxalá moveu os lábios para dizer algo, mas antes que isso acontecesse, Exu, como que prevendo o que seria dito, continuou:

_Não falo em tom de reclamação, sou um trabalhador incansável e o amigo sabe disso. É com prazer que levo o que tem ser levado e retiro o que deve ser retirado. É com satisfação que abro ou fecho os caminhos, de acordo com a necessidade de cada um, é com resignação que acolho sobre minhas costas largas a culpa do mal que muitos espíritos encarnados e desencarnados fazem, não reclamo do meu trabalho. Sou Exu, para mim não existe frio ou calor, cansaço ou preguiça, existe apenas a necessidade de cumprir a tarefa para qual fui designado.

_Se mostra tão resignado e, no entanto, parece que deixa-se abater pelo desânimo - comentou Oxalá, apoiando-se em seu paxorô.

Exu soltou uma gargalhada, ao que Oxalá deu um leve sorriso, com um movimento quase imperceptível no canto direito dos lábios.

_Não sou resignado nem tampouco estou desanimado - falou Exu - estou pensativo sobre pouca inteligência dos homens. Veja só: como responsável pela aplicação da Lei Cármica observo muita coisa. Observo não apenas o sofrimento que alguns homens impõem a si mesmos, mas vejo também as incessantes oportunidades que o Universo dá a cada um dos seres que habitam a Terra. O aprendizado que tanto precisam lhes é dado por bem, mas quase nunca enxergam pelo amor, então lhes é dada a oportunidade de aprender pela dor, mas geralmente só lembram a lição enquanto a dor está a alfinetar sua carne. Com o alívio vem o esquecimento e todos os erros e vícios voltam a aflorar.

Oxalá fez menção de dizer algo, mas com o dedo em riste entre os lábios, novamente Exu o impediu de falar.

_Ouça - disse Exu, colocando a mão em concha na orelha, como se ele e Oxalá precisassem disso para ouvir melhor. E ambos ouviram o som que vinha da Terra. O som da inveja, dos maus sentimentos, da maledicência, da promiscuidade, da ganância. Exu deu outra gargalhada e disse:

_Percebe? Temos trabalho por muitos séculos ainda.

_E isso não é bom? - perguntou Oxalá, que dessa vez não deixou Exu responder e continuou:

_Pobres homens, ignorantes da própria grandeza espiritual e da simplicidade do Universo. Se não desconhecessem tanto o funcionamento das coisas, seriam mais felizes.

_Não estão preocupados em discernir o bem do mal - resmungou Exu.

_E você está, Senhor Falante? - tornou Oxalá.

Mais uma vez Exu gargalhou.

_Para mim não existe o bem ou o mal. Existe o justo, bem sabe disso.

_Então por que tenta exigir esse discernimento dos pobres homens?

_Eu conheço os caminhos - respondeu Exu um tanto irritado - para mim não existem obstáculos, todos os caminhos se abrem em encruzilhadas. Para mim as portas nunca se fecham e as correntes nunca prendem. Conheço o sutil mistério que separa aquilo que chamam de bem daquilo que chamam de mal. Não sou maniqueísta, não sou benevolente, pois não dou a quem não merece, mas também não sou cruel, pois sempre ajo dentro da Lei. Os homens, coitados, acreditam na visão simplista do bem e do mal, como se todo o Universo, em sua “complexa simplicidade” se resumisse apenas entre o bem e o mal.

_Pobres homens - repetiu Oxalá.

_Pobres homens - concordou Exu - mesmo olhando o Universo de uma forma tão simplista, dividido apenas entre bem e mal, acabam sempre demonizando tudo, achando que o mal é o melhor caminho para conseguir o que desejam ou então acreditam que são eternas vítimas do mal. E o que é pior, quase sempre eu é que sou o culpado.

_Mas é você o responsável pelo mal? - perguntou Oxalá, admirando o horizonte.

_Sou justo, apenas isso - respondeu Exu.

_Não seria a justiça uma prerrogativa de Xangô? - tornou o maior dos orixás.

Exu olhou fundo nos olhos de Oxalá e respondeu:

_Estou a serviço do Universo, de cada uma das forças que o compõe, inclusive do Senhor da Justiça.

_Isso significa que trabalha em harmonia com o Universo, caro Exu?

_Imaginei que soubesse disso - respondeu Exu, irônico como sempre.

_Acho que sempre soube. Quando observo o horizonte e vejo o céu fundindo-se à Terra, percebo o quanto o material pode estar ligado ao espiritual. Mas também lembro que o sol vai raiar e acredito que apesar de todas as dificuldades que os próprios homens criam, é possível acender a chama da fé em seus corações. Percebo o quanto eles são falhos, mas percebo também o quanto são frágeis e precisam de nós - e nesse momento pousou a mão sobre o ombro de Exu - sejam dos que trabalham na luz ou na escuridão, pois tudo faz parte do Uno e se inter-relacionam. O mesmo homem que hoje está nas profundezas mais abissais, amanhã pode ser o mensageiro da luz.

Exu olhou para os olhos de Oxalá, como se não estivesse concordando, mas dessa vez foi Oxalá quem não deixou que o outro falasse, prosseguindo com sua narrativa:

_Se não fossem os valorosos guardiões que trabalham nas regiões trevosas, dificilmente os que ali sofrem um dia alcançariam o benefício da luz. Se houvesse apenas a luz, não haveria o aprendizado, que tem como ponto de partida o desconhecimento, as trevas. O Universo tão simples é ao mesmo tempo tão inteligente, que mesmo nós, que observamos os homens a uma distância grande, às vezes nos surpreendemos com sua magnitude. Os homens são frutos que precisam amadurecer e você, amigo Exu, é a estufa que os aquece até o ponto certo da maturação e eu sou a mão que os colhe como frutos amadurecidos.

_Quem diria que trabalhamos em harmonia? - disse Exu em meio a um sorriso - acreditam que vivemos a digladiar quando na verdade trabalhamos em busca de um mesmo objetivo: o aprimoramento da raça humana.

Oxalá só não soltou uma gargalhada porque não era esse seu hábito (e sim o de Exu), mas disse sem conseguir esconder o contentamento:

_Então, companheiro Exu, não temos porque lamentar. A ignorância em que vivem os homens é sinal de que ainda temos trabalho a realizar. A pouca sabedoria que possuem significa que ainda estão muito próximos ao ponto de partida e cabe a nós, não importa se chamados de “direita” ou “esquerda”, auxiliá-los em sua caminhada, que é muito longa ainda. Apenas contemplar as mazelas dos corações humanos não irá auxiliá-los em nada. Sou a luz que guia os olhos da humanidade e você é o movimento que não a deixa estática. Se pararmos por um segundo sequer, atrasaremos em séculos e séculos o progresso da raça humana, que tanto depende de nós.

Nesse momento o sol começou a raiar timidamente no horizonte, separando o céu e a Terra. Exu levantou-se da sua pedra e se pôs a caminhar montanha abaixo.

_Aonde vai, Senhor Falante? - perguntou Oxalá, como se não soubesse.

_Vou trabalhar, Senhor dos Orixás - respondeu Exu gargalhando novamente - Esqueceu que sou um trabalhador incansável e que trabalho em harmonia com o Universo, mesmo que ele me imponha a luz do sol?

Oxalá não respondeu, mas esboçou um sorriso tímido. Assim trabalhava o Universo: sempre em harmonia. Os homens, mesmo ainda presos a tantos conceitos primários, trilhavam os primeiros passos em direção ao progresso, pois não estavam órfãos de seus orixás e protetores.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Adorei As Almas!!!


"Um grito de liberdade
E a corrente se quebrou
Um grito de liberdade
Um grito me acordou
Dentro de um canavial
Um negro se libertou
E lá não tinha pra ele
Nem chibata e nem feitor
E lá não tinha pra ele
Nem senzala e nem senhor
José de Aruanda
É um grande lutador
Hoje baixa no terreiro
Traz a paz e o amor
Sua sabedoria,
Seus ensinamentos
Vão de canto a canto
Aliviando o sofrimento
Vem da força da reza
Vem na força das ervas
Vem tirando todo mal
A mandinga ele quebra
Foi Xangô quem lhe trouxe
Zambi lhe coroou
Agradeço o dia-a-dia
Viva Deus nosso Senhor"



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O Poder das Velas


O PODER DAS VELAS

A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda. Ela está presente no Congá, nos Pontos Riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos de magia.

Quando um umbandista acende uma vela, mal sabe que está abrindo, para sua mente, uma porta interdimensional, onde sua mente, consciente, nem sonha com a força de seus poderes mentais.

A vela funciona na mente das pessoas como um código mental. Os estímulos visuais captados pela luz da chama da vela acendem, na verdade, a fogueira interior de cada um, despertando a lembrança de um passado muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do fogo, tomavam decisões que mudariam o curso de suas vidas.

A vela desperta, nas pessoas que acreditam em sua força mágica, uma forte sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca psíquica, despertando os poderes extra-sensoriais em estado latente.

Uma das várias razões da influência mística da vela na psique das pessoas é a sensação de que ela, através de sua chama, parece ter vida própria. Embora, na verdade, saibamos, através do ocultismo, que o fogo possui uma energia conhecida como espíritos do fogo ou salamandras.

Muitos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela.

Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo a chama da vela cheia de calor, ela tem um amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a esperança, a fé e o amor.

No ritual da magia, o mago entra em contato com seu mundo inconsciente, depositário de suas forças mentais, onde irão ser utilizadas para que alcancem seus propósitos iniciais. Qualquer pessoa que acender uma vela, com fé, está nesse momento realizando um ritual mágico e, conseqüentemente, está sendo um mago.

Se uma pessoa suas forças mentais com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível, e as energias de retorno são sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu.

As pessoas que utilizam a força da magia das velas – que, na realidade, despertam as forças interiores de cada um – com propósito maléficos, não são consideradas magos, mas feiticeiros ou bruxos. Infeliz daquele que, na ânsia de destruir seus inimigos, acendem velas com formatos de sapo, de diabo, de caveira, de caixão, etc., assumindo um terrível compromisso cármico com os senhores do destino. Todos os nossos pensamentos, palavras e atos estão sendo gravados na memória do infinito, ninguém fica impune junto à justiça divina. Voltaremos ao planeta Terra quantas encarnações for preciso para expiar nossas dívidas com o passado. Por outro lado, feliz daquele que lembra de acender uma vela com o coração cheio de amor para o anjo da guarda de seu inimigo, perdoando-o por sua insensatez, pois irá criar ao seu redor um campo vibratório de harmonia cósmica, elevando suas vibrações superiores.

Ao acender velas para as almas, para o anjo da guarda, os pretos velhos, caboclos, para a firmeza de pontos, Conga, para um santo de sua preferência ou como oferenda aos Orixás, é importante que o umbandista saiba que a vela é muito mais para quem acende do que para quem está sendo acesa, tendo a mesma conotação do provérbio popular que diz: A mão de quem dá uma flor, fica mais perfumada do que a de quem a recebe.

A intenção de acender uma vela gera uma energia mental no cérebro da pessoa. Essa energia é que a entidade espiritual irá captar em seu campo vibratório. Assim, a quantidade de velas não influirá no valor do trabalho; a influencia se fará diretamente na mente da pessoa que está acendendo as velas, no sentido de aumentar ou não o grau da intenção. Desta forma, é inútil acreditar que podemos comprar favores de uma entidade negociando com uma maior ou menor de velas acesas. Os espíritos captam em primeiro lugar as vibrações de nossos sentimentos, quer acendamos velas ou não. Daí ser melhor ouvir uma das máximas de Jesus que diz: “Antes de fazer sua oferenda, procure conciliar-se com seu irmão.”

Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do cemitério, nas encruzilhadas, embaixo de uma arvore, ao lado de uma oferenda, apaga-la por brincadeira ou por outra razão. Devemos respeitar a fé das pessoas. Quem assim o cometer, deve ter em mente, que poderá acarretar sérios problemas com esta atitude, de ordem espiritual.

Precisamos respeitar o sentimento de religiosidade das pessoas, principalmente quando acender uma vela faz parte desse sentimento. Se acender uma vela a pessoa tiver um forte poder de magnetização, torna-se mais perigoso apagar a vela. Mas, se ela não estiver magnetizada, fica a critério de cada um.


VELAS QUEBRADAS OU USADAS

Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de velas virgens, ou que não estejam quebradas. A principio, pensei tratar-se de mera supertição, mas depois compreendi que a vela virgem estava isenta da magnetização de uma vela usada anteriormente evitando assim um choque de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho de magia. Somente no caso da vela quebrada encontrei um componente supersticioso: psicologicamente, a pessoa acredita que um trabalho perfeito precisa de instrumentos perfeitos. Se o trabalho obtiver sucesso, o detalhe da vela quebrada não será notado: mas, se falhar, será tido como principal fator de seu fracasso o fato de a vela estar quebrada.

FÓSFORO OU ISQUEIRO

Em muitos Terreiros existe uma recomendação para só se acenderem velas com palitos de fósforos, evitando acendê-las com isqueiro ou em outra vela acesa.

Normalmente, os Terreiros fazem uso de pólvora, chamada de fundanga, nos trabalhos de descarrego. O enxofre que a pólvora contém também está presente nos palitos de fósforo. Ao entrar em combustão, a chama repentina, dentro de um ambiente místico, provoca uma reação psicológica muito eficiente, além de alterar momentaneamente a atmosfera ao seu redor, devido à sua composição química, em contato com o ar. A mente do médium capta essas vibrações, que funciona como um comando mental, autorizando-a a aumentar seu próprio campo vibratório, promovendo desta forma uma limpeza psíquica no ambiente. Não é a pólvora que faz a limpeza, mas a mente do médium, se ele conseguir ativa-la para este fim.


VELA DE SETE DIAS

Na Umbanda, alguns médiuns ficam em dúvida sobre se a vela de sete dias tem a mesma eficiência de sete velas normais. Sabemos de acordo com a psicologia, que um comportamento pode ser modificado através do reforço. No fato de se acender uma vela isoladamente não há nenhum tipo de reforço que se baseia na repetição. Assim, ao acender uma vela durante sete dias, as pessoas são reforçadas diariamente em sua fé e, repetindo os pedidos, dentro desse ritual de magia, ficam realmente com maiores probabilidades de despertar a própria mente e alcançar os seus propósitos. Na prática, constamos que dificilmente uma vela de sete dias queima durante todo esse tempo.

MEDITAÇÃO

Para trabalhos de meditação o uso das velas é excelente pois, além da diminuição dos estímulos visuais na semi-escuridão, força a atenção para a chama da vela, aumentando a capacidade de concentração. O contraste do claro-escuro contribui para lembrar as pessoas da necessidade de uma iluminação interior.

CORES E QUANTIDADE


Na Umbanda, o uso da vela branca é o mais freqüente, devido à sua representação como símbolo da pureza. A cor branca na Umbanda é a cor do Orixá Oxalá. Daí a razão do uso de velas brancas na maioria dos rituais de magia, dentro da associação da pureza/Oxalá.

O Orixá Ogum, tido como senhor das guerras, tem uma vibração muito forte. As velas vermelhas, quando acesas dentro de seu ritual, vibram na mesma freqüência, com resultados mais favoráveis. Considerando que a força da vela está mais na força mental do mago, a cor irá concorrer com o sentido de favorecer sua capacidade de concentração, devido a conjugação de freqüências idênticas. Se houver uma inversão nas cores das velas, isso poderá ou não alterar o resultado dos trabalhos de magia, pois dependerá em grande parte da força mental do mago.

Ficou estabelecida que a cor amarela, que deriva da vermelha, é a cor do Orixá Iansã, também pelo fato de ser uma energia de luta. As velas acesas para Iansã deverão ser da cor amarela, para continuar em sua freqüência vibratória. A variação de quantidade de velas deve ser a mesma que se acende para qualquer outro Orixá ou Entidade, de acordo com os objetivos da magia. Todavia, o umbandista deverá ter o cuidado de acender sempre em numero impar de velas, pois no ocultismo os números ímpares não se anulam, por terminarem sempre em um; daí sua força mágica, por não ser um numero divisível. 

Acender apenas uma vela tem o sentido de unidade, de unificação. Três velas representam na mente humana a trindade divina (Pai, Filho e Espírito Santo). Cinco velas representam em nosso inconsciente coletivo o próprio homem. Sete velas significam a junção do espiritual (3) com o material (4), ou simbolizam a união entre o microcosmo (homem) e o macrocosmo (Deus), e assim por diante.

A cor azul, com sua vibração serena, vibra na mesma freqüência do Orixá Oxum, a senhora das águas doces. A vela de cor azul tanto pode ser acesa para Oxum como para Iemanjá, que aceita em seu ritual velas brancas. Por isso alguns Terreiros preferem usar as velas bicolores, nas cores azul e branca, para Iemanjá.

Estabeleceu-se a cor marrom-ocre é a cor do Orixá Xangô, levando-se em consideração a neutralidade dessa mesma cor. A energia de Xangô emana dos minerais, que possuem uma variedade muito grande de cores. Curiosamente, prevaleceu a cor mais freqüente, que a das pedras sobre a superfície da terra.

A cor verde, por seu equilíbrio vibratório, obtido pela junção das cores amarela e azul, vibra na freqüência do Orixá Oxossi, o senhor das matas. Assim, uma vela de cor verde, acesa numa mata, que tem a cor verde, possui uma força vibratória muito forte, facilitando o trabalho de magia.

A cor rosa, com sua vibração cheia de vida, vibra na freqüência da energia da falange dos espíritos das crianças, conhecidas também como Ibejis. Velas bicolores, nas cores azul e rosa, são acesas também com o mesmo resultado das velas cor-de-rosa.

A vela de cor preta, com sua vibração pesada, simboliza a morte física e tem a mesma freqüência do Orixá Omulu, o senhor da calunga ou do cemitério. Essa cor de vela jamais deve ser utilizada, pois sua freqüência é altamente negativa, o que usamos é a vela bicolor amarelo e preta.

As velas bicolores, nas cores vermelha e preta, são utilizadas para os Exús. Devem ser acesas com muita cautela e de preferência por quem conhece os segredos da magia, ou seja, por quem conhece a “mironga”. A vela vermelha e preta, quando está queimando a cor vermelha, tem o sentido de luta; quando esta queimando a cor preta significa vitória sobre o objetivo proposto inicialmente.

As velas bicolores, nas cores branca e preta, são utilizadas nos trabalhos de magia dos Pretos Velhos e devem ser usadas sob a orientação direta dos próprios Pretos Velhos.

Para os trabalhos de alta magia, recomenda-se o uso de velas de cera, por sua constância e pela força de sua chama. É a vela ideal para as cerimônias de batismo das crianças, onde elas serão amenizadas do carma de seus inimigos de vidas passadas.

Anjo da Guarda - branca
Baiano - amarela ou laranja
Boiadeiro - marrom ou verde
Caboclos – verde
Criança – rosa ou bicolor azul e rosa
Exú – preta ou bicolor preta e vermelha
Iansã - amarela ou vermelha
Iemanjá - azul claro 
Marinheiro – bicolor branca e azul, azul claro
Nanã - lilás
Obaluayê (Omulu) - bicolor branca e preta ou roxa
Ogum – vermelha ou azul
Ossãe – bicolor branca e verde
Oxalá – branca
Oxóssi – verde
Oxum – amarela, azul escuro, dourada ou rosa
Pombo-Gira - vermelha
Pretas-Velhas – bicolor branca e preta, ou roxa
Pretos-Velhos – bicolor branca e preta
Xangô - marrom

***Obs.: Estas cores não são padrões em todos os Terreiros.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

7 de Dezembro - Grande Homenagem a Iansã

Convidamos todos para participar da nossa grandiosa homenagem a Iansã, neste sábado ás 15h em nosso Templo Ilê Axé Orun Pai Joaquim e Caboclo 7 Estrelas!
O grande dia de homenagear, nossa guerreira!! Nossos gritos de louvor, de saudação de batalha...serão os mais belos e altos sons que nossos corações irão ecoar....



Dia: Quarta-feira
Cores: Marrom, Vermelho e Rosa
Símbolos: Espada e Eruexin
Elementos: Ar em movimento,qualquer tipo de vento, Fogo
Domínios: Tempestades, Ventanias, Raios, Morte
Saudação: Epahei!
O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn).
Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.
A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover.
Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com todas as actividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento.
O facto de estar relacionada com funções tipicamente masculinas não afasta Iansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa, ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atracção que sente pelo sexo oposto. Iansã (Oyá) teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se orixá.
Assim, Iansã tornou-se mulher de quase todos os orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.
Algumas passagens da história de Iansã relacionam-na com antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade, e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas histórias. Iansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça.
Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.
Características dos filhos de Iansã / Oyá
Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam.
São pessoas atiradas, extrovertidas e directas, que jamais escondem os seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.
Estas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; o seu génio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam os seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.
Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam confiar-lhe um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.
O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.
Orikí de Oyá. Eèpàrìpàà! Odò ìyá!
“ORI O! ORI OYA,
MO GBE DE. OYA MESAN, MESAN, MESAN.
OYA ORIRI, O, O, O.
OYA MESAN,
A JI LODA ORISA.
ORI O
ORI OL’ OYA,
MO GBE DE.
ORI MI!
ORI OYA , MO GBE DE.”
“O ORI do iniciado,
O ORI daquele que é iniciado em OYA está aqui.
OYA , que se desdobra em nove partes.
OYA , a grande mulher, charmosa e elegante.
OYA , que se desdobra em nove partes.
ORISA que usa a espada ao acordar.
O ORI do iniciado,
O ORI daquele que é iniciado em OYA está aqui.
Meu ORI.
O ORI daquele que é iniciado em OYA está aqui.”


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ser Umbandista

Ser umbandista não é ser apenas religioso. É ser cristão. 
Ser umbandista não é ostentar uma crença. É vivenciar a fé sincera. 
Ser umbandista não é ter uma religião especial. É saber que tem grande responsabilidade para consigo mesmo e para com o próximo. 
Ser umbandista não é querer superar o próximo. É querer superar a si mesmo através da reforma íntima e das boas ações.
Ser umbandista não é construir templos de pedra. É transformar o coração em templo eterno.
Ser umbandista não é apenas aceitar a reencarnação. É compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição.
Ser umbandista não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos indistintamente se comunicam, mesmo sem o saber. É comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também.
Ser umbandista não é apenas consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura. É transformar os livros e suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança. Ter grande conhecimento sem no entanto vivenciar é o mesmo que falar e não fazer.
Ser umbandista não é internar-se no Centro Espírita ou Terreiro, fugindo do mundo para não ser tentado. É conviver com todas as situações, sem alterar-se. O umbandista consciente é umbandista no centro, terreiro, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sózinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença.
Ser umbandista não é ser diferente. É ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus. Não é mostrar-se que é bom e sim provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um estado normal do homem consciente. Anormal é não ser bom.
Ser umbandista não é curar ninguém. É contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura.
Ser umbandista não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros.  É ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e na sua própria fé, que estão na sua vontade sincera e perseverante de melhorar a si próprio.
Ser umbandista não é consolar-se em receber. É confortar-se em dar, porque pelas leis naturais da vida, "é mais bem aventurado dar do que receber".
E por fim, ser umbandista não é esperar que Deus desça até onde nós estamos. É subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre, buscando sempre o auxílio ao próximo, a pratica do bem e da caridade. 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013


Que todos os orixás olhem por nós...pai Oxalá , derrame o vosso Axé em nossa sexta-feira!
Epa Baba Oxalá !!

Eu tive um sonho bom
Gostoso de sonhar
Durou a noite inteira
Eu tive um sonho bom
Sonhei com Oxalá
Em plena sexta-feira

Abri o coração com toda a minha fé
Cansado de chorar, rezei
Falei da minha cruz
Roguei o seu axé
A luz que é verdadeira
Também pedi perdão por tudo o que eu errei
E ele quis cuidar de mim
Chamou os Orixás
Corrente de poder
Nessa reunião se fez

Mandou Iemanjá, Oxum
Oxumaré
Lavarem o meu coração
Que o vento de Iansã soprasse com amor
Mais justiça de Xangô
Que a espada de Ogum ganhasse de uma vez
Batalhas por onde eu passar
Que Oxossi não deixasse a ceia me faltar
E Ossaim com as ervas me banhar

Da saúde também, Omolú vai cuidar
A falange atendeu ao meu Pai Oxalá

E nessa reunião estava toda falange do ritual
Logun Edé, Omulu, Ifá, Ibejí, Caboclos, Pretos Velhos
Ibejada, Vovó Nanã é claro!
Os exus foram na frente limpando os caminhos.
Obrigada meu pai Oxalá, pela saúde, pela paz
E até pelos tropeços que ensinam a gente a viver.
É sempre bom tá em sintonia com a sua luz,
Que é a luz maior, que é a luz verdadeira.
Obrigado meu Pai Oxalá. Atoto Obaluaê!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Xetromarrumbaxetro!

Os espíritos que se manifestam na Umbanda na Linha dos Boiadeiros são aguerridos, valorosos, sisudos, de poucas palavras, mas de muitas ações. Apresentam-se como espíritos que encarnaram, em algum momento, como tocadores de boiada, vaqueiros, pastoreadores etc. Os seus pontos cantados sempre aludem a bois e boiadas, a campos e viagens, a ventanias e tempestades. O laço e o chicote são seus instrumentos magísticos de trabalhos espirituais. Eventualmente usam colares de sementes ou de pedras. O Arquétipo da Linha de Boiadeiros é a figura mítica do peão sertanejo, do tocador de gado, enfim, dos homens que viveram na lida do campo e dos animais e que desenvolveram muita força e habilidade para lidar contra as intempéries e as adversidades. É um Arquétipo forte, impositivo, vigoroso, valente e destemido. Representa a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, também chamado de caboclo sertanejo. Lembra os vaqueiros, boiadeiros, laçadores, peões e tocadores de viola; muitos deles mestiços, filhos de branco com índio, de índio com negro etc., trazendo à nossa lembrança a essência da miscigenação do povo brasileiro, com seus costumes, crendices, superstições e fé. Existem, no Astral, muitos espíritos que, em suas últimas encarnações, praticamente viveram sobre o lombo dos cavalos, dedicando-se a criar e a domesticar esses animais, tão úteis à humanidade, já que até um século atrás o cavalo era o principal meio de transporte. Foram vaqueiros, domadores de cavalos, soldados de cavalaria etc., e guardam em suas memórias recordações preciosas e inesquecíveis daqueles tempos. Em homenagem a eles é que se construiu, no Astral, o Arquétipo da Linha dos Boiadeiros. Nesta Linha manifestam-se espíritos que usam seus conhecimentos ocultos para auxiliar pessoas que estejam atravessando momentos muito difíceis. São combativos, inclusive no corte de magias negativas, porque conseguem promover “um choque” em nosso campo magnético e liberá-lo de acúmulos negativos, obsessores etc. Nem todos foram, de fato, “boiadeiros”, mas todos eles têm em comum a capacidade de atuar num campo específico e que caracteriza a Linha, qual seja o de nos trazer uma energia vigorosa, muito útil na quebra de cargas e magias negativas e para desfazer “cristalizações” mentais negativas, pois os Boiadeiros atuam no campo da Lei Divina e na Linha do Tempo. A Linha de Boiadeiros é sustentada, num dos seus Mistérios, pelo Orixá Ogum. Por isso, eles são verdadeiros “soldados” que vigiam tudo o que acontece dentro do campo da Lei Maior, estando sempre prontos a acudir os necessitados. Na Linha do Tempo, atuam sob a Regência de Mãe Yansã, combatendo as forças das trevas pela libertação e o reerguimento consciencial dos espíritos que se negativaram, se desequilibraram e se perderam, recolhendo-os e os encaminhando para o seu local de merecimento na Criação. Embora a Linha seja sustentada por esses Orixás, cada Boiadeiro vem na Irradiação de um ou mais Orixás que os regem especificamente, como acontece nas demais Linhas de Trabalho da Umbanda. Na linguagem dos Boiadeiros, “boi” é o próprio ser humano em desequilíbrio. Ou seja, são os espíritos encarnados e os desencarnados em desequilíbrio perante a Lei Maior, necessitados de auxílio. Suas referências a cavalos, a tocar a boiada, a laçar e trazer de volta “o boi” desgarrado do rebanho, ou atolado na lama, ou arrastado pelos temporais, ou que se embrenhou nas matas e se perdeu, ou que foi atravessar o rio e foi arrastado pela correnteza etc., tudo isso tem a ver com o trabalho realizado pelos destemidos Boiadeiros de Umbanda: eles resgatam os espíritos que se rebelaram contra a Lei Divina, pois esses espíritos são como “bois e cavalos” que não aceitam os “cabrestos” ou limites criados pela Lei de Deus e que por isso precisam ser “domesticados” e educados. Nada melhor que os Boiadeiros para fazer isso. Quando um Boiadeiro da Umbanda gira no ar o seu laço, ele está criando magisticamente, dentro do espaço religioso do Terreiro, as ondas espiraladas do Tempo, que irão recolher os espíritos perdidos nas próprias memórias desequilibradas e/ou irão desfazer energias densas acumuladas no decorrer do tempo. Já quando um Boiadeiro vibra o seu chicote, está recorrendo de forma magística e religiosa à Divina Mãe Yansã, para movimentar e direcionar os espíritos estagnados no erro e na desordem. É muito efetivo o seu trabalho contra os espíritos endurecidos (“eguns”). Dentro da Linha de Boiadeiros, em algumas Casas também se manifestam os “Cangaceiros”, simbolizando os espíritos daqueles que em recente encarnação viveram no sertão e lutaram contra grandes injustiças sociais. Isso pode parecer estranho, à primeira vista, e muitos se perguntam o quê um “cangaceiro” teria a oferecer, em termos de trabalho espiritual de ajuda. Ocorre que os “cangaceiros” do sertão brasileiro de fato surgiram, em meados dos anos 1920, para defender as populações humildes dos maus tratos e desmandos dos “coronéis” e demais detentores do poder material, que massacravam os menos favorecidos, tomando-lhes muitas vezes até as mulheres, os poucos bens e a dignidade pessoal. Esses homens “poderosos” mandavam e desmandavam, pois se achavam acima das leis humanas e, por certo, não conheciam ou não respeitavam as Leis Divinas. E os “cangaceiros” (Lampião e seu “bando”, os mais famosos) representaram, à época, um movimento popular de revolta e combate a tais desmandos. Foram marginalizados, até porque aos “poderosos” isso convinha. É provável que tenham cometido lá seus excessos também, respondendo à violência das armas com outras armas; mas, pelo menos, tinham a justificativa de estar lutando pelos mais fracos. Já os opressores, qual desculpa teriam? Enfim, o temperamento combativo desses espíritos de certa forma foi-se agrupando à Linha dos Boiadeiros e eles começaram a se manifestar para trabalhar, nos Terreiros de Umbanda que os acolhiam. Não são “bandidos e malfeitores”, mas espíritos que têm identificação com o Arquétipo do sertanejo forte e destemido. Há Casas em que os Cangaceiros vêm na Linha de Baianos. Mas, tecnicamente falando, e sem desrespeitar opiniões em contrário, se bem analisarmos os Arquétipos das duas Linhas mencionadas, parece mais adequado a sua aproximação com os Boiadeiros. Porque o Arquétipo do Boiadeiro é o do homem sertanejo. Já o Arquétipo dos Baianos é o dos Sacerdotes (construído a partir dos primeiros Sacerdotes da Bahia e do Nordeste, que mantiveram, sustentaram e divulgaram o Culto aos Orixás). Mas, é claro, a Umbanda é uma religião universalista, voltada unicamente para a prática do Bem, de modo que não vale a pena discutir sobre divergências menores. Essencial é verificar se os espíritos que se manifestam estão praticando o Bem, dentro dos fundamentos da religião, independente do nome com o qual se apresentem.
"Seu boiadeiro por aqui choveu,
Seu boiadeiro por aqui choveu,
Choveu que água rolou
Foi tanta água que seu boi nadou
Foi tanta água que seu boi bebeu"


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Pretos Velhos

Os Pretos Velhos são os espíritos dos nossos irmãos africanos trazidos ao Brasil na época da colonização, período em que a raça negra foi escravizada pelo colonizador português em nosso país (de 1530 a 1888).Os negros foram ainda escravizados por outras nações em outras partes do mundo, como exemplo os Espanhóis que também os escravizaram na colonização da América Central e os Ingleses que os escravizaram na época da colonização da América do Norte.
Com nossos irmãos africanos aprendemos lições (muito difíceis de praticar) de perdão sem limites e amor ao próximo, de forma, que nenhuma outra entidade com a qual tivemos contato conseguiu transmitir. Na Umbanda, apresentam-se como espíritos muito simples e extremamente bondosos, são sempre muito pacientes em tudo o que fazem e ensinam.  Normalmente desencarnaram em idades avançadas, por esse motivo apresentam-se nos templos, arqueando o corpo do médium, transmitindo a impressão de alguém com muita idade. 
No desenvolvimento de seus trabalhos que são sempre muito sérios, ouvem mazelas e sofrimentos de toda espécie, transformando o desenvolvimento de seus trabalhos em verdadeiras sessões de psicanálise, ocasião em que sempre trazem o conforto e a paz de espírito a todos que os procuram. Trabalham sentados em banquinhos ou em pé, usam cachimbos, charutos ou cigarros de palha em suas defumações.
Quando encarnados nas senzalas eram praticantes e grandes conhecedores dos processos da milenar e poderosíssima magia africana, inclusive a negativa. Hoje utilizam esses conhecimentos para desmanchar feitiços e magias tenebrosas. Os Pretos Velhos são os espíritos dos nossos irmãos africanos trazidos ao Brasil na época da colonização, período em que a raça negra foi escravizada pelo colonizador português em nosso país (de 1530 a 1888).Os negros foram ainda escravizados por outras nações em outras partes do mundo, como exemplo os Espanhóis que também os escravizaram na colonização da América Central e os Ingleses que os escravizaram na época da colonização da América do Norte.
Com nossos irmãos africanos aprendemos lições (muito difíceis de praticar) de perdão sem limites e amor ao próximo, de forma, que nenhuma outra entidade com a qual tivemos contato conseguiu transmitir. Na Umbanda, apresentam-se como espíritos muito simples e extremamente bondosos, são sempre muito pacientes em tudo o que fazem e ensinam.  Normalmente desencarnaram em idades avançadas, por esse motivo apresentam-se nos templos, arqueando o corpo do médium, transmitindo a impressão de alguém com muita idade. 
No desenvolvimento de seus trabalhos que são sempre muito sérios, ouvem mazelas e sofrimentos de toda espécie, transformando o desenvolvimento de seus trabalhos em verdadeiras sessões de psicanálise, ocasião em que sempre trazem o conforto e a paz de espírito a todos que os procuram. Trabalham sentados em banquinhos ou em pé, usam cachimbos, charutos ou cigarros de palha em suas defumações.
Quando encarnados nas senzalas eram praticantes e grandes conhecedores dos processos da milenar e poderosíssima magia africana, inclusive a negativa. Hoje utilizam esses conhecimentos para desmanchar feitiços e magias tenebrosas. Aprender com os Pretos Velhos é sempre saudável espiritual e materialmente. Aprenda com eles, seja sábio como eles, procure perdoar sempre a todos como eles o fizeram. Ao menos perdoe as pequenas faltas
"Um grito de liberdade...  
E a corrente se quebrou! 
Um grito de liberdade...  
Um grito me acordou! 
Dentro de um canavial,  
Um negro se libertou!   
E lá não tinha pra ele,  
Nem chibata e nem feitor!
E lá não tinha pra ele,  
Nem Senzala e nem Senhor! 
José de Aruanda  
É um grande lutador. 
Hoje baixa no terreiro  
Traz a Paz e o Amor. 
Sua sabedoria,  
Seus ensinamentos,  
Vão de canto a canto,  
Aliviando o Sofrimento. 
Vem na força da reza,  
Vem na força das ervas,  
Vem tirando todo o mal,  
A mandinga ele quebra. 
Foi Xangô quem lhe trouxe,  
Zambi lhe coroou!  
Agradeço dia-a-dia,  
Viva Deus nosso Senhor! " 
 

domingo, 24 de novembro de 2013

Saravá as crianças!

Ibeji 

Ibejí ou Ibejís são os Orixás que protegem as crianças. Foram sincretizados a São Cosme e São Damião, são conhecidos na Umbanda como os Orixás de amor e alegria.Os espíritos trabalhadores sobre a influência de Ibejí, apresentam-se normalmente sob a forma de crianças ou espíritos de crianças, porém espíritos não têm idade, apresentam-se dessa forma de modo a facilitar a comunicação com as nossas crianças. Esses espíritos puros trazem a cura para as doenças e amparam todas as crianças enquanto elas manterem a inocência.Seus domínios são os parques, jardins e grandes gramados. Sua cor é o rosa, os espíritos que trabalham sob a irradiação de Ibejí são espíritos de grande força espiritual. Não devemos julgá-los fracos devido à forma como se apresentam, ou seja, como crianças, depois de Oxalá são os únicos que dominam totalmente a magia.Nas obrigações a Ibejí, são utilizadas velas cor de rosa, flores com tonalidade rosa e sem os espinhos ou ainda brancas. Também são usados doces como as cocadas, balas, pirulitos, fatias de bolo, etc. A bebida é a água pura ou então misturada com mel e mais recentemente são utilizados refrigerantes como o guaraná.Os santos católicos São Cosme e Damião são sincretizados ao orixá IbejiIbejí, São Cosme e São Damião são trabalhadores da linha de Oxalá e pertencem a uma de suas falanges. A eles podemos pedir proteção contra demandas e malefícios; pedir principalmente proteção para nossas crianças e principalmente as enfermas.
Ao pedir ajuda a linha de Ibejí, faça-o com o coração isento de mágoas e amarguras. Por serem extremamente positivos, afastam-se das pessoas interesseiras, com pensamentos negativos e egoístas.
São raros os filhos de Ibejí, por não suportarem sentimentos negativos, escolhem a dedo os seus filhos, na realidade preferem ficar perto das crianças, enquanto manterem a inocência.
São poderosos aliados das forças do bem, nada maligno consegue resistir a eles. No mês de Setembro de todos os anos, os terreiros preparam grandes festas em sua homenagem, procurando desta forma devolver a eles a proteção e o carinho que nos dispensam, principalmente aos nossos filhos e as pessoas doentes.
Ao pedir ajuda a linha de Ibejí, faça-o com o coração isento de mágoas e amarguras. Por serem extremamente positivos, afastam-se das pessoas interesseiras, com pensamentos negativos e egoístas.São raros os filhos de Ibejí, por não suportarem sentimentos negativos, escolhem a dedo os seus filhos, na realidade preferem ficar perto das crianças, enquanto manterem a inocência. São poderosos aliados das forças do bem, nada maligno consegue resistir a eles. No mês de Setembro de todos os anos, os terreiros preparam grandes festas em sua homenagem, procurando desta forma devolver a eles a proteção e o carinho que nos dispensam, principalmente aos nossos filhos e as pessoas doentes.


"Da vida tão amargurada 
Essa gurizada me fez renascer 
Hoje sou cobra criada 
Salve a ibejada Falange do Erê 
Vinte e sete de setembro
Eu sempre me lembro, não esqueço de dar 
Cocada, paçoca, suspiro, pipoca 
Bolo, bala, bola, cuscuz e manjar
Eu dou 
Viva Cosme e Damião, doum"

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Sexta-feira Dia de Oxalá


OXALUFÃ

Denominado o Orixá Babá, divindade da fertilidade, o pai criador do homem, protetor por excelência.
É o filho de Olorum, significando "Olo" - longe e "Orum" quer dizer Sol.
Oxalufã é o Rei do pano branco, sua ação se manifesta através da luz, da fé, da paz e da razão.
Possui um caráter obstinado, altivo e feito pelo criador antes de todos os outros.
Oxalá Oxalufã velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimônia de saudações é de dezesseis em dezesseis dias.
Orixá muito velho, de idade avançada, aleijado, lento, movendo-se com muita dificuldade.
Dança apoiado no opaxoró. Treme de frio e velhice. Detesta a violência, disputas e brigas.
Não come sal e nem dendê, odeia cores fortes, principalmente o vermelho.
A ele pertencem os metais e substâncias brancas, não suporta cavalos.
Para Oxalá Oxalufã, a ideia e o verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a comunicação e expressão seja o ponto fundamental.
Oxalá Oxalufã, é a primeira forma de orixá que foi criada por Olorun, no início dos tempos, sendo associado ao ar, que existia antes da criação da Terra, e também à água do início da existência.Oxalufã está ligado à cor branca, ou incolor, sendo o primeiro na hierarquia dos fun-fun, os que vestem branco.Detém o axé da criação de todos os seres da Terra, representando a fertilidade masculina.


MITOLOGIA


Na mitologia africana, é considerado o pai de todos os orixás e de todos os seres vivos, sendo, por esse motivo, constantemente reverenciado em festas públicas e diversos rituais.
Está sempre presente nas antigas lendas, representando a figura veneranda de um pai.Sua posição é muito destacada, tendo o respeito de todos os orixás, que se curvam à sua presença.Oxalufã, com seu opaxoro, separou a Terra e o céu, que, no início dos tempos, estavam no mesmo nível de existência.Os três pratos, que fazem parte do cajado, simbolizam a sua supremacia sobre os mundos dos seres humanos, dos Eguns e dos Orixás.O pássaro, que está pousado na ponta do opaxoro, é um mensageiro que faz a ligação entre esses mundos.Com esses pratos, Oxalá Oxalufã carrega e distribui o alimento sagrado para todos os seres humanos e encantados.Os pingentes, que estão presos a eles, simbolizam os presentes que lhe eram ofertados nos diferentes lugares por onde passou em suas caminhadas pelo mundo.Esse orixá, assim como Nanã, é bem-vindo em todos os reinos.O raciocínio é a grande contribuição desse orixá para os seres humanos, diferenciando-o, assim, dos animais. Todos os orixás que vestem branco, ou fun-funs (mesmo Ogun ou Oyá), herdaram esse dom de Oxalá de uma forma mais intensa, e o transferiram para seus filhos na Terra, que, por esse motivo, possuirão um pensamento engendrado e a constante reflexão sobre todos os aspectos da sua existência.O alá é um outro símbolo de Oxalufã, que consiste num pano branco usado para protegê-lo do calor, bem como abrigar, sob sua proteção, todos os seres criados.Serve também para representar a separação entre a Terra e o céu.
Muitas vezes, esse orixá é apresentado como um velho, todo curvado e retorcido precisando ser amparado por ekédes e ogans, por não poder andar.O fato de Oxalufã ser o orixá mais antigo não justifica essa postura, mas a idade cronológica.Se consultarmos a mitologia africana, veremos que Oxalá empreendeu grandes caminhadas pelo mundo e, como soberano que era, não se curvava a ninguém. As pessoas que nascem com defeitos físicos e mentais, ou os adquirem antes dos nove anos, serão protegidos por Oxalá Oxalufã, pois houve algum erro na formação desses seres.Podemos pedir a misericórdia desse orixá nos casos acima e para salvar pessoas com doenças graves e casos terminais.A teimosia e obstinação são a marca de Oxalufã, o que lhe traz a possibilidade de grandes feitos ou muitos dissabores.
Os Orixás Funfum eram em número de 154, muitos deles sobrevivem como formas de Oxalá. 
Oxalufã é o velho e fraco, que se apoia num cajado de pastor, o mais profundo conhecedor da sabedoria.
Oxalá ocupa entre nós o mais alto nível de grandeza. Isso aparece na própria lenda da criação e na guerra entre ele e Oduduá que é considerada a metade feminina da criação, a metade inferior da cabaça-mundo, o igbá-odù. Após ter perdido o direito de criar o mundo, pois foi Olofim-Oduduá quem o fez, Oxalá desceu à Terra e convocou todos os Imalés para lembrá-los de que ele é que era um Deus, um imortal, o segundo na Trindade. Afirmando que Oduduá nada mais era que um simples mortal.
Diante das afirmações, alguns Imalés o apoiaram e outros não.
Dessa divisão de opiniões surgiu uma guerra na qual os dois lutaram obstinadamente pela supremacia total.
Seu Templo é em Ifóm e ainda perpetua-se seu culto fielmente como era no princípio, muito querido e respeitado pela sua bondade, sabedoria, retidão e humildade.
Seu conceito é tão grande, que as pessoas vestem-se de branco nos rituais e principalmente às sextas-feiras.
No Xirê é ele quem encerra as festividades, é quando se cantam seus louvores e todos entram na roda para reverenciar e glorificar o Deus da pureza.


ARQUÉTIPOS

Seus filhos são observadores, vigilantes e compreensivos, não sabem disfarçar suas emoções.
Sua tranquilidade, dignidade e forte moralidade o impedirão de recorrer a meios desonestos para atingir seus objetivos.
Dotados de incrível paciência e detestam discussões, mas também são teimosos.
Nascem para a liderança, por isso espera ser respeitado e ouvido quando se manifestam.
A imaginação deles é viva, gosta de meditar em lugares tranquilos, onde sonha romanticamente e tem ideias originais.
No amor são ciumentos e muito zelosos, sua cólera é evidente, com manifestações ruidosas, mas não guardam rancores, quando violentos pode ser bastante desagradáveis.
Como amigos, são fiéis, protetores, generosos e sérios, ajudando sem limites.
O tipo físico de Oxalufã é frágil, delicado, friorento, sujeito a resfriados.Compensa sua debilidade física com grande força moral, e seu alvo à realizar a condição humana no que tem de mais nobre.É fiel no amor e na amizade.Oxalufã é o poente.



Oriki
Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru.
 
Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte. 
Obà n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje. 
Pai do Paraíso eterno dirigente das gerações. 
O yo kelekele o ta mi l'ore. 
Gentilmente alivia o fardo de meus amigos. 
O gba a giri l'owo osika. 
Dê-me o poder de manifestar a abundância. 
O fi l'emi asoto l'owo. 
Revela o mistério da abundância. 
Oba igbo oluwaiye re e o ke bi owu la. 
Pai do bosque sagrado, dono de todas as benções que aumentam minha sabedoria. 
O yi ala. 
Eu me faço como as Roupas Brancas. 
Osun l'ala o fi koko ala rumo. 
Protetor das roupas brancas eu o saúdo. 
Obà igbo. 
Pai do Bosque Sagrado. 
(II)Kí Òrìsà-nlá Olú àtélesé, a gbénon dídùn là. 
Que o Grande Òrìsà, 
Senhor da sola dos pés, guie-nos aos benefícios da riqueza! 
Ní Ibodè Yìí, Kò Sí Òsán, Bèéni Kò Sí Òru. 
Aqui é a porta do Céu, nela pode-se entrar de dia e de noite. 
Kò Sí Òtútù, Bèéni Kò Sí Ooru. 
Nela não há frio, e também não há calor. 
Ohun Àsírií Kan Kò Sí Ní Ibodè Yìí. 
Aqui, na porta do Céu, nada é segredo. 
Ohun Gbogbo Dúró Kedere Nínu Ìmólè Olóòrun. 
E nela todas as coisas permanecerão claras diante da luz de Deus. 
Àyànmó Kò Gbó Oògùn. 
Que o destino não nos faça usar remédios. 
Àkúnlèyàn Òun Ní Àdáyébá. 
Que as pessoas adorem de joelhos as coisas do Céu, para encontrar coisas boas na Terra. 
Àdáyébá Ni Àdáyé Se. 
Que as coisas boas sejam sempre encontradas na Terra.


Prece

Oxalá! Divina manifestação do Bem,Senhor da perfeita Sabedoria e do Bendito Amor,Ó ! Vós que recebei o poder do supremo .Protegei-nos das ciladas ilusórias do mundo enganador,Despertai-nos para a realidade da vida imortal,Sois a imaculada irradiação do Altíssimo,que nos guia; com ternura e esperança,para a luz.Rogamos contritos pela salvação da nossa consciência.Junto a Vós, trilharemos por caminhos iluminados,Porque sois a divina pureza, acolhedora e misericordiosa.Santo Nome, envolvei-nos em sentimentos fraternosde real amor, a fim de chegarmos até Vós,Oxalá ! Tende pena de nós, tende compaixão…Êpa, êpa, Babá Oxalá!
Oxaguiã 

(Òrìsa Ògiyán) é um orixá jovem e guerreiro, carrega arco e flecha, pois pode buscar alimentos na florestas. É com Oxaguiã que se encerra o ciclo das festas de Oxalá com a festa do Pilão de Oxaguiã ( ojó odo)- o dia do pilãoÉ um orixá relacionado com o sustento do dia a dia, gosta de mesa farta.Seu sustento vem do fundo da terra ou da floresta. Ele detém todas as armas as usa para alcançar seus objetivos, que é dar para quem tem fome e até tomar de quem tem muito e não tem fome..   
Oxaguiã é o provedor, é o guerreiro da paz. Nunca entra numa batalha para perder, sempre ganha. 
Oxaguian "o moço" na sua forma "guerreira" de Oxalá que carrega uma espada, cheio de vigor e nobreza, seu templo principal é em Ejigbo, onde ostenta o título de Eléèjìgbó, rei de Ejigbo. 

Seu maior símbolo .............. pilão; 
seu dia................................. sexta feira; 
sua cor ............................... branco e o prata; 
sua comida.......................... inhame pilado; 


AJAGUNA 

Ajagunã aba auô Ajagunã 
Ajagunã baba ô Ajagunã 
Ele móójó óbáua ôlôrôôgun 
Ajagunã baba ô 

TRADUÇÃO 

Ajagunã (guerreiro vitorioso) é 
O mais velho do culto (segredo) 
Ajagunã, Ajagunã é o pai. 
Ajagunã senhor que entende 
O dia (antes de seu começo - raiar) 
Nosso rei senhor que vê e conhece 
A magia (o segredo) 
Ajagunã é o pai.